"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein

domingo, 28 de novembro de 2010

Motivos para estar rebelde:

 
Nossas dores
Nossos egos
Toda a nossa raiva
Nossa cor
Nosso caos
Nossa inveja
Nossos martírios
Nossos medos
Nossas mágoas
Nossa hipocrisia
Nossa arrogância
Nossa prepotência
Nossas escolhas
Nossos fantasmas
Nosso ciúme
Nossos rótulos (por que ainda?)
Nossos títulos (para que?)
Nossa falta de humildade
Nossos defeitos
Nossa boca torta
Nosso olhar de lado
Nossa língua feroz
Nosso pé pesado
Nossa mão leve
Nosso dedo duro
Nossa falta de coragem
Nosso excesso de confiança
Nossa descrença
Nossas falsas crenças
Nossas más intenções
Nosso excesso de bagagem
Nossas bagagens inúteis
Nossos castelos de areia
Nossos corações de pedra
Nossa falta de alegria
Nossa condição social
Nossa mania de julgar
E todas as outras manias nossas
Nossos preconceitos (todos, e não são poucos)

EM NOME DO APRENDIZADO
Em um mundo espiritual ideal, aceitaríamos tudo como é, e até mesmo as “falhas” seriam perfeitas na sua imperfeição. Mas, enquanto simples mortais, nós os seres mais que humanos, precisamos de algo que nos impulsione, tipo um trampolim, quando queremos fazer mudanças na nossa vida. Então, por que não se rebelar contra algo que valha a pena? Algo que vá realmente acrescentar (pouco ou quase nada) nesta minha tola vida de aprendiz? Precisamos mais do que melhorar: PRECISAMOS EVOLUIR.
Tornemo-nos, então, guerreiros espirituais que chutam os traseiros dos maus pensamentos que nos atrasam essa curta “aula” chamada vida. Paremos de culpar nossa má sorte, nosso chefe, nosso salário, ou os nossos parentes. Cavemos ainda mais nestas “cavernas” da alma para encontrarmos um significado mais profundo. Algo verdadeiro para cada um de nós.
Um forte abraço.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Perdão

Ao olhar minhas mensagens, me deparei com uma da Priscila (Tribuna), me pedindo para enviar o texto para a próxima coluna. Hoje recém é sexta, disse a mim mesmo. Ainda não havia pensado sobre o que escrever na próxima edição, mas como já é de costume, busquei na espiritualidade uma justificativa mais sintonizada com o real motivo de estarmos aqui. Como foi um pedido inesperado, pensei em escrever sobre algo não planejado. Talvez alguma coisa que ainda não tenha sido abordada mais diretamente. Já sei sobre o que, pensei: Perdão... Adianto que não vai ser lá muito fácil de aplicar no dia-a-dia.
Entendo que falar ou escrever é bem mais prático do que a própria prática. Também entendo que num belo dia teremos que começar e, já que está aqui, bem diante de mim, porque não usar este dia como o marco de algo que poderá transformar a minha vida?
Buscando eliminar de vez todos os bloqueios que atrapalham esta minha evolução, passarei a dedicar alguns segundos da minha complicada existência para perdoar. Não precisarei chegar ao ponto de ficar 24 penosas horas suplicando por perdão, não é isso. Se bem que já dizia o velho ditado: “O homem nunca é tão grande como quando está de joelhos”. É vero!
Tudo o que eu precisarei fazer é ter um minuto, ou menos, de prosa comigo mesmo. Um minuto de pura honestidade com este surrado corpo (e teimosa mente). Precisarei entender, mas acima de tudo me convencer de que perdoar e ser perdoado é uma das poucas saídas que me restam para evoluir. Perceber, também, que isto é velho e óbvio demais, coisa que todos sabem, mas que ninguém encara.

Ensaiando uma fala comigo mesmo:
“A partir deste momento, eu perdoo (tento, ao menos) todas as pessoas que de alguma forma me ofenderam, me prejudicaram, me enganaram ou me causaram dificuldades. Perdoo, sinceramente, quem me rejeitou, me odiou, me abandonou, me traiu, me ridicularizou, me humilhou, me iludiu... Perdoo quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse com violência, para depois me fazer sentir vergonha, culpa e remorso. Reconheço que também fui responsável por muitas agressões que recebi, pois várias vezes confiei em pessoas negativas, desprezei minha intuição, chegando a permitir que me fizessem de bobo, descarregando sobre mim seu péssimo caráter. Deixei que tudo isso acontecesse.
Iniciei agora uma nova etapa, sem lamentar o tempo de raiva e dor que ficou para trás. Talvez fosse preciso, dada a minha dificuldade de evolução.
Procurarei não me queixar mais, falando sobre as mágoas e as pessoas que as motivaram.
Neste momento peço perdão a todas as pessoas a quem consciente ou inconscientemente eu ofendi, prejudiquei ou enganei. Sentindo-me um pouco mais em paz com a minha consciência e com a cabeça erguida, respiro profundamente, relaxando corpo e mente, fazendo com que ambos, mais harmonizados, sintonizem-se com o meu Eu Superior.
Assim seja e assim será.”

sábado, 23 de outubro de 2010

Culpa de quem?

Como posso me queixar das coisas que escolhi ser ou das pessoas que escolhi ter ao meu lado, quer para o meu aprendizado, quer para a dissolução das mágoas, quer para a prática do amor, quer para o pedido de perdão ou simplesmente pelo exercício do livre (mas nem sempre responsável) arbítrio?
Eu escolhi o meu pai, minha mãe, meus irmãos... diante das dificuldades pelas quais precisaria passar, “escolhi” também o meu modo de vida. Se bem que esta escolha estava mais para aceitação. Fazia parte.
Muitas outras coisas eu venho escolhendo desde o evento “nascimento”. Então, como posso me irritar ou ficar bravo com tudo isso? Eu escolhi não olhar para mim como um todo – corpo e espírito. Também escolhi a desarmonia como meio de vida, e com isso acabei escolhendo as doenças, cada uma delas. Por tabelinha, acabei optando por engolir cada um dos “não sei quantos” comprimidinhos receitados pelo médico... O próprio médico, fui eu quem escolhi, e ele não faz a menor ideia que ao prescrever aqueles antidepressivos também acabou entrando no meu carma, atrasando não só a minha evolução como também a dele, pois foi co-responsável por toda essa apatia e desgraça que ronda a minha vida, muito embora permanecer assim é mais uma das minhas muitas e tristes escolhas.
Somos, em última análise, co-criadores das vidas que cruzam nossas vidas, pois nada é por acaso e uma existência nada mais é que um conjunto finito de dias, iguais aos de hoje. Já consigo até “pré-ver” algumas pessoas rindo disso. Não me surpreendo. Todo este material deverá ficar em algum arquivo de alguma biblioteca, escola ou algo parecido. Além disso, também está lá na minha página eletrônica, para quem quiser dar uma olhada. Todas as colunas, desde a primeira, em jun/2008. Um dia isso fará algum sentido para você. Vale lembrar que o local geográfico onde moramos (energeticamente denso, por vários fatores) e a cultura local não favorecem um abrir de consciências, embora a época atual implore por esta abertura. Brincar de viver não nos serve mais. É hora de frear o ritmo de vida para uma análise mais profunda, superar e crescer nas várias dimensões que se apresentam.

Afinal, a culpa é de quem? (olha só a mentira):
A culpa é de todos, menos minha. Ao acessarmos experiências terrenas anteriores, ficaremos perplexos pelo exagerado número de vivências semelhantes a esta. Oportunidades para as necessárias mudanças não faltaram. Somos velhos repetentes nesta escola. Porque ainda não aprendemos as coisas básicas que nos foram passadas? Seria falta de vontade, uma vez que a falta de oportunidade está definitivamente descartada? Exatamente o que faz com que sejamos assim, tão passivos para certas coisas e tão “águias” para outras tantas?
A oportunidade está aí, bem diante de nós. Em essência, não somos aquilo que escrevemos nos nossos rótulos, apenas servimo-nos de conceitos ultrapassados, fórmulas inadequadas e experiências alheias inúteis ao aprimoramento da alma.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

KPC (bactéria)

Serve de alerta, pois todas as ameaças à saúde tornam-se ainda mais nocivas quando estamos fragilizados, angustiados, estressados, energéticamente enfraquecidos e, por consequência, com a imunidade baixa.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"Alternativas" existem!

Atendimentos com VALOR PROMOCIONAL até o dia 24/12.
Terapias Básicas são todas aquelas aplicadas somente uma por sessão e cujo espaço de duração não ultrapassa 1 hora, tais como: Conversação, Reiki, Pirâmide, Cromoterapia, Terapia de Chakras e Análise de Florais.
Para as demais Terapias, valores inalterados.

Entidades Assistenciais que necessitarem de algum atendimento específico ou palestra, entrem em contato.
Serão atendidas dentro do possível, sem custo algum. É uma forma de se trabalhar a caridade e  desenvolver uma responsabilidade social um tanto diferente, mas igualmente efetiva.

Sempre é hora para fazermos uma releitura de nossos atos, nossas dores e tristezas. Tudo na vida tem um motivo de ser e sempre haverá um evento gerador, por mais estranho que lhe possa parecer. Saibamos, então, cuidar um pouco melhor de nós mesmos para que possamos ter um Natal mais humano e com mais compreensão.
Marcar hora pelos telefones ou por e-mail.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Filme NOSSO LAR, em cartaz no cinema.

O livro NOSSO LAR é o best-seller de Chico Xavier. Obra que abre a coleção "A vida no mundo espiritual", em que André Luiz narra, em 13 volumes, suas aventuras pós-morte, desde a passagem pelo umbral, seu resgate e adaptação dentro da colônia espiritual que dá nome ao livro, e depois pelas descobertas dessa nova dimensão.
A história de NOSSO LAR é uma jornada de superações e aprendizados, como "amar verdadeiramente ao próximo."

Após a morte do seu corpo físico, um famoso médico acorda no mundo espiritual e passa a viver numa colônia que paira sobre a terra, onde terá que aprender novos valores morais e vencer a saudade da sua família terrestre.
Bela adaptação para o cinema. Recomendo a todos!

Tão perto de terminar e tão longe do final

 
Se por muitas vezes você se deparou com textos fáceis de ler e um tanto difíceis de compreender, hoje vai ser mais fácil ainda, sob todos os aspectos. Fácil de ler, do contrário você estaria apenas olhando as fotos, ou nem isso... infinitamente mais identificado com você, pois não vou escrever sobre o misterioso mundo interior que conhecemos tão miseravelmente.
Dos meus cinco sentidos, ou seis, um é motivo de queixa. Vem sendo afetado diariamente e não há o que fazer. Ao menos dá para continuar escrevendo e trabalhando, pois para isso não preciso tanto assim do já molestado ouvido físico, e como não conheço alguém para recorrer – aliás resta tão pouco destes meios que não saberia agora dizer algum. Coisa rara em tempos difíceis onde a única linha de raciocínio é orientada no sentido do TER mais, ao invés de SER mais... Tempos de correria e desespero. Recorrer a quem? Alguém está disposto a ajudar? Formamos uma corrente humana e só iremos adiante se nos dermos as mãos. Esta é a nossa função de elo.
Acaba de pass... espera aí, eu disse acaba? Não acaba... continua passando aqui na frente o “sujeito” que deveria estar preso. Acusação: atentado violento a audição. Mas como se defender se não há uma delegacia especializada neste tipo de violência, muito menos “vontade política” de se auto punir? Você precisaria de testemunhas, mas de que jeito se todos são vítimas? Uns, de forma mais queixosa, outros tantos cujos olhares passivos se distraem no folclore em que tudo isso se transformou, riem e comentam sobre o que mesmo? Nem eles sabem. Mais pra lá do que pra cá, seguem se equilibrando no carandiru.
Não quero ser acusado de antidemocrático. Muito pelo contrário, admiro o exercício claro, transparente, limpo e justo deste processo, embora isso faça parte de um plano “etérico”. Aqui na crosta a historinha é outra. Cuecas, gravatas, jatinhos, favores, mensalões e homens da capa preta... “nobres” de alguma corte. Bobos de um reinado vazio.
Afinal de contas, o que fazer com o ouvido? O tímpano já era. O registro policial, que seria mais ou menos assim: "a vítima trafegava no sentido bairro-centro quando por volta das 19:30h deparou-se com a viatura colorida conduzida pelo elemento com alcunha de “jingle”, o qual foi reconhecido como altamente inconveniente, desrespeitando, inclusive, hospitais e escolas..." esquece, não vale à pena. Já vai terminar. Pior de tudo não é o meu ou o seu ouvido, mas a inocência dos pequenos aprendizes, a fragilidade dos nossos idosos e a já confusa cabeça dos jovens. Falta discernimento mas sobram decibéis. Falta coerência e respeito com as palavras, mas sobram textos de efeito purgante, pra lá de ensaiados e números que já não queremos mais ouvir. Não aguentamos mais... ou aguentamos?
Poluição visual, sonora e intelectual já tem muita. E os pretensos futuros parlamentares nem sequer acordaram para a preocupação mundial com a natureza. Alguém viu o papel reciclado pelas ruas? E por falar em ruas, um abraço aos varredores. Viu só? Até já pareço um candidato. Meu número é...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O universo bem aqui

 
Vivemos numa época de profundas alterações em todo o planeta. Ondas de mudança varrem hoje esta nossa morada, colocando-nos diante da queda de pesados e antigos preconceitos (obviamente criados por nós, por absoluta falta de coisas interessantes a fazer), abalando a estabilidade das instituições e a permanência das nossas “verdades”, sempre tidas como certas. Existem muitos e fortes indícios de que nos encontramos no despertar de uma nova era de descobrimento e realização humana. Muitas pessoas estão assustadas com a marcha de tais mudanças, talvez com um certo temor de que sejamos incapazes de controlar todo este processo de descobertas e técnicas sem precedentes que estão abrindo novas áreas de conhecimento. Um outro grupo de pessoas, infinitamente menor, porém mais espiritualizado dá as boas vindas ao grande desafio. Todos, porém, reconhecem com menor ou maior capacidade e com diferentes formas de entendimento que a imagem do mundo irá sofrer grandes alterações nas próximas décadas. Haverá um redesenho de tudo isso aqui.
Estamos rompendo as fronteiras do espaço, além de estarmos investigando melhor os micro-espaços internos da matéria física. Estas duas realizações nos deslocam de forma multidimensional na direção de novos níveis de espaço-tempo com energias até então desconhecidas. A idéia de que a velha imagem científica do mundo material sólido desapareceu, tendo surgido em seu lugar um universo repleto de fantásticas energias tornou-se um fato comum neste século. Após a divisão do átomo, descobriu-se que a organização e o comportamento da esfera atômica são estáveis e duradouros, mostrando ao mundo uma aparência de forma sólida, porém com energias dessa esfera se deslocando a velocidades incríveis.
Essa nova compreensão do universo como um padrão estável no qual deslocam-se grandes cargas de energia, requer uma mudança na nossa visão do mundo – um conceito de realidade muito diferente do originário da ciência materialista do século passado.
Até bem pouco tempo, acreditávamos que seria possível controlar a mudança e aumentar a qualidade de vida pela simples manipulação do meio ambiente: a tecnologia aplicada iria criar uma sociedade melhor. Mas, para nossa tristeza, descobrimos que esse “teatro” mundial é dominado por fatores humanos aparentemente incontroláveis. Também estamos começando a perceber que são os aspectos mais sutis da vida – imprevisíveis, difíceis de identificar, impossíveis de medir – que governam o comportamento humano. E ao transcendermos a esfera puramente humana, alcançando a natureza universal da qual fazemos parte, passaremos a compreender que a vida é um relacionamento complexo do indivíduo com seu meio ambiente, e que este não é de modo algum limitado.
Um abraço multidimensional a você.

sábado, 25 de setembro de 2010

Lições a bordo

Tente acompanhar este texto com um mínimo de atenção, deixando um pouco a velha agitação de lado. Não é necessário que você se livre dela. Apenas mude o foco por breves instantes. Peço isso não pela complexidade do tema, mas sim por causa de sua simplicidade. Nossas vidas tornaram-se vidas tão emaranhadas que já não há mais lugar para o simples. Somos complexos porque nos tornamos “inteligentes” demais, e ao escolher isso não percebemos que nem tudo encontrará resposta no enclausurado vazio da nossa intrincada mente sapiens. Criamos dispositivos para a obtenção de todas as respostas que gostaríamos de ter. Mas que bom que a ciência existe, porém algo não deu certo. Criamos as ferramentas sem preparar os operadores. Falta mão-de-obra especializada. Não é assim, não somos máquinas.
Nossas frágeis vidas de diárias e intermináveis experiências são como trens aos quais novas e estranhas bagagens irão sendo acrescentadas em cada nova estação. Passageiros desembarcarão e certamente deixarão algumas marcas. Saudade, tristeza, dor, angústia, melancolia, indiferença, ódio, soberba, prepotência, avareza, egoísmo, altruísmo, alegria, bondade, paz, humanidade, tranqüilidade, caridade, felicidade, palavra, perdão, fé, gratidão... As paradas de desembarque também servirão para embarque. E nesta marcha seguiremos em frente.
O apito do trem nos avisa que uma nova parada está para acontecer. Sem perceber o alerta, nossos olhares perdidos seguem distraídos com imagens vistas através das janelas. Estamos adormecidos para muitas coisas que acontecem dentro e fora do trem. Escutamos apenas coisas que nos agradam e olhamos somente para coisas que nos enchem os olhos. A surdez e a cegueira do espírito travam nossos caminhos, barram nossa evolução.
E então, faremos o que durante toda a viagem? Palavras cruzadas? Sem perceber que “cruzadas” são as vidas que embarcam e desembarcam neste trem que é a nossa oportunidade de fazer melhor.
Ao andar por cada vagão, encontraremos novas e velhas marcas. Muitas delas deixadas lá por nós mesmos. E agora, perdidas na trama do tempo e hoje redescobertas, revestem-se de alvoroço numa indecifrável dança, trazendo à lembrança músicas de um outro tempo e fazendo-nos perceber que sempre estiveram lá.
Pensando nestas e em outras tantas questões, eu me vejo tão pequeno diante das coisas que escolhi e aceitei para esta minha encarnação que por vezes chega a dar um certo temor. Há tanta coisa a fazer... Será que vou dar conta do recado? Exatamente para onde estou me conduzindo?
Um grande abraço e uma boa viagem.

Como lidar com o medo - parte II

Acreditamos que o estresse é o maior problema da sociedade moderna. Os americanos acham que a tensão social é uma das principais causas dos problemas de saúde enfrentados por lá. Em parte eles estão certos, pois a alimentação e o exercício físico são igualmente importantes no equilíbrio das emoções. Uma boa alimentação em que se evita açúcar, farinha branca, excesso de carne vermelha (lembrando que também sou da fronteira), alguns tipos de alimentos congelados, e se consome grande variedade de alimentos naturais, ajuda a evitar o medo irracional e a raiva. Da mesma forma, a atividade física ajuda a estimular o mecanismo de equilíbrio do corpo e diminui a tendência de se aborrecer com coisas de pequena importância.
Existe, no entanto, razões para a indignação justificada. Há momentos em que a pessoa tem o direito (e a responsabilidade) de estar magoada ou ofendida, e de reivindicar seus direitos e exigir que o outro mude. Se isso não for possível, então procure se acalmar, fechando os olhos e relaxando, por mais difícil que isso possa parecer naquele momento. Procure equilibrar os sentimentos dentro de você. Tente, ao menos. Depois, se pergunte: Esse problema é tão grande assim que não posso tolerar ou aceitar de forma alguma? É vital que eu me livre dele? Se for, livre-se dele com um mínimo de alegria por ter sido capaz de tomar essa decisão tão inteligente e oportuna. Sua saúde agradecerá.
Se a separação do problema não lhe parecer necessária ou possível naquele momento, então se pergunte: Eu posso aceitar e perdoar realmente as limitações do outro, levando em consideração que vale a pena continuar o vínculo ou relacionamento? Se a resposta for afirmativa, então perdoe, mas de coração, para que sua raiva seja liberada.
O sentimento de culpa é outra reação ao medo. Sempre que ficamos com raiva suficiente para querer machucar alguém ou quando tememos não ter atingido nossas metas podemos nos sentir culpados. Evite isso fazendo sempre o melhor que você pode. O passado não pode ser mudado, mas reconheça que você está, neste momento, fazendo acontecer o seu futuro, ao mudar reações, atitudes e comportamento. Guarde isso.
A depressão é uma reação fortíssima ao medo na qual nos sentimos muito desvalorizados e tão amedrontados que “queremos morrer”.
A ansiedade é um medo não definido ou medo de um ou mais assuntos de menor importância. Nas terapias holísticas e vibracionais, e em especial na psicoterapia holística, levanta-se estas questões.
Seja patriota com você mesmo, pois o futuro desta e de outras nações dependerá de espíritos saudáveis e bem resolvidos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Como lidar com o medo - parte I

O ideal não é aprender a lidar com o medo, mas começar a eliminá-lo da sua vida. Porém, como diz a desgastada frase, na prática a teoria é outra. As mudanças propriamente ditas poderão ocorrer em uns poucos segundos, mas todo o processo que levará você, desde a percepção da situação ou problema até àqueles minutos que antecederão as mudanças, poderá ser lento. Em rápida e cruel análise, dependerá apenas de você. Digo isso para que você aprenda a se proteger um pouco mais dos diagnósticos que já ouviu ou ouvirá por aí. E já não é a primeira vez que faço isso, mas pode ser uma das últimas, porque ficar só repetindo também desgasta a relação. Questione a origem de tudo.
Até que você encare as várias manifestações do medo de uma maneira mais “saudável”, vale à pena ir conhecendo este inimigo gerado dentro de nós mesmos. Conhecendo mais de perto aquilo que ameaça, mais fácil tornar-se-á a vitória ou, na pior das hipóteses, o não menos valioso empate. O que não pode acontecer é a derrota. O medo não deve vencer você.

DEVEMOS TER MEDO DO MEDO?
Dentre todas as emoções, há apenas uma que é realmente negativa. Já afirmava o Sr. Franklin Roosevelt: “A única coisa da qual devemos ter medo é o próprio medo”.
Sem medo algum, repenso. Devemos observar melhor os nossos pensamentos. Eles alimentam os nossos medos já estabelecidos e criam outros.
Pensando nas emoções que tem como origem o medo, posso citar a raiva. Ela é uma das reações do medo. Quando você está sob alguma ameaça e isso se traduz em medo de perder a vida, dinheiro, emprego, amor ou alguma outra coisa, você pode vir a reagir com raiva. A próxima vez em que sentir raiva, apenas pergunte a si mesmo o que você está com medo de perder. Qualquer que seja a situação, entretanto, você só tem quatro maneiras possíveis de reagir ao problema emocional:
     1-  Continuar assim, com raiva ou chateado, o que posso facilmente traduzir em suicídio, porém de uma maneira socialmente aceitável;
     2-  Reivindicar seus direitos, tentando encontrar uma solução positiva;
     3-  Afastar-se da pessoa ou da situação com um mínimo de alegria. Se você não agir assim, ainda permanecerá aborrecido e com algum componente novo na história: a mágoa ou a tristeza. Tanto faz, nenhuma delas irá contribuir positivamente para um final mais satisfatório;
     4-  Parar, aceitar e perdoar. Algumas (inúmeras) vezes precisamos reconhecer que não somos perfeitos e que os outros também não são, mas que o valor do relacionamento é maior do que os seus aspectos negativos e as suas limitações. Aprender a aceitar e perdoar verdadeira e incondicionalmente é uma característica de maturidade, de evolução.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

100 medos

Em homenagem a centésima edição do jornal, um título alfanumérico que além de combinar, pega como gancho um parágrafo da coluna anterior. E para lembrar, ficou em aberto um assunto polêmico, que é a questão do medo e sua evolução ao longo da nossa vida.
Escrevi sobre o medo na infância, quando os gritos que nos chegam de forma ensurdecedora são, na maioria das vezes, mais nocivos do que o iminente perigo. Explico: é óbvio que se estivermos com uma lata de inseticida na mão o perigo é real, porém trata-se de uma fração de segundos onde as velocidades do movimento ou do som quase que se equivalem. Naquele instante, um rápido movimento do adulto em direção a criança é, na prática, igual ao perigoso alerta do grito, que nem sempre se traduz na melhor forma de prevenção. Oposto a isso, está a sequela emocional do “NÃO” dito de uma forma tão restritiva, vindo das pessoas que mais nos são próximas, portanto, de quem mais absorvemos comportamentos. Crianças são como esponjas, dizem os grandes autores.
Seria muita pretensão querer ensinar algo, justo eu que estou aqui para aprender. Nossa educação tem seu papel na manutenção do medo, através do comportamento de alguns mestres. Sei que esse trecho do texto não foi lá muito simpático aos olhos de quem escolheu a profissão de educar. Aceito. Pois assim é e continuará sendo, até que a “ficha caia” para os muitos adormecidos. “Não dá nada”, insisto. Eis o velho jargão que desconhece qualquer compromisso ou responsabilidade.
Percebeu o que foi escrito? Antes de qualquer julgamento, me responda: de quem foi a escolha? Ah, tá bom, entendi. Não havia outra alternativa.
Onde está a culpa dos pequenos se o adulto acordou com os pés destapados? Será que a culpa não é do café que estava frio? Ou do frio que não deu espaço para que o calor do corpo esquentasse também a alma? Quem sabe a culpa deva recair sobre a bateria do carro que não pegou na hora que precisava? Não esquece que a culpa também pode ser do baixo salário. Por falar nisso, parabéns pelas conquistas, mesmo que pequenas, escassas e aparentemente insignificantes, você já agradeceu por cada uma delas? Sabia que muitos correm para concretizar apenas um desses sonhos? Agradeça. Lembrando de alguns livros e comentários ditos aqui e ali, por autoridades no assunto, deixo a reflexão: “A base do cidadão é a boa educação”. Educar melhor não é apenas alicerçar mente e corpo. É também alicerçar espírito, e isso nada tem a ver com ensino religioso. Tem a ver com uma visão mais ampla de tudo o que nos rodeia. Pela centésima vez, “não somos apenas corpo. Somos bem mais do que isso”.
Parabéns equipe do J.Tribuna. Um forte abraço e o desejo de estar aqui, semanalmente com você.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Assim é

Ansiedade, insegurança, falta de comunicação, falta de iniciativa, medo, timidez, falta de ousadia, todas estas coisas são resultantes de um processo que começou lá atrás. Fazendo uma abordagem mais simplista, encontraremos na infância a causa de quase todos estes problemas. Quer percebamos ou não, muitos de nós guardamos uma visão um tanto negativa da vida. Ainda dentro desta visão mais simples, podemos afirmar que não é culpa nossa; desde pequenos fomos “treinados” para ver o mundo sob a ótica adulta. Eles também não são os culpados, pois seus pais os educaram assim.
Perceba que tudo isto está dentro de uma visão mais simples, restrita a nossa vida atual, desde a concepção até o momento presente. Dentro dessa visão que desconsidera a forte carga espiritual que a tudo envolve, não posso culpar a psicologia por ser como é. Dentro da visão dela, ela está correta. Ela é o que é e absolutamente em nada se parece com o trabalho multidimensional.
Ainda na infância, lembra aquela cadeira a qual você se segurava e tinha planos de escalar quando começaram suas “grandes descobertas” sobre duas pernas? Pois é. Ali estavam 50% de chances de você cair feio e se machucar, o que lhe traria, além de muita dor e desconforto, grande aprendizado. Por outro lado, havia 50% de chances de você obter êxito, com sua mãe ou pai chegando na hora certa e segurando você, evitando possível queda.
O que foi que não deu certo, então? Foi aquele grito de “não faz isso”, Caramba, aquilo foi pior que o possível tombo. Ali você teve uma experiência e tanto. Talvez a primeira de muitas que ainda iria colecionar ao longo da infância e adolescência. Tão cedo você não ousará na vida, pois coragem, aos poucos, deixou de fazer parte de você.
Quando ficamos mais velhos, nossas religiões reforçam a ideia de que coisas más acontecem a pessoas boas (só para relembrar, dá mais uma olhada no Jesus pregado na cruz). Nossa educação também faz um bom trabalho na manutenção do medo, através do comportamento de alguns professores. Eu não entendo: onde está a culpa dos pequenos? (diálogo para outro dia).
Quando entrarmos no competitivo mercado de trabalho, estaremos com uma considerável carga de medo, portanto bem preparados para as doses constantes de tensão financeira, emocional e física.
Quando tivermos a oportunidade de sermos pais, daremos continuidade a todo este ciclo. Tudo novamente, e assim, sucessivamente.
Existe um caminho simples para sair dessa perspectiva errada da realidade. Aprenda a dominar e controlar melhor seus pensamentos. Em vez de dar carta branca à sua mente para viajar sempre na estrada da negatividade, reprograme-se para ver as coisas de uma maneira mais clara e saudável.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ser Pai

 
Hoje, terça-feira 03 de agosto, dia escolhido por mim para escrever a coluna semanal, é também o dia do aniversário do meu filho caçula. Ontem ele chegou de viagem, pois havia ido visitar a irmã que resolveu voar para bem longe, deixando para trás e precocemente o pequeno ninho que ainda sente a sua falta. A cada novo dia, vou experimentando e tentando me acostumar com a ausência destes pequenos filhotes, e eles sempre serão pequenos por mais que cresçam. A outra filha, mais velha, já tem sua vidinha longe do pai, mas volta e meia aparece por aqui. Filhos... Alguém disse que nos pertencem? Tenho vivenciado momentos de forte reflexão e profunda avaliação, por vezes assistido reprises de alguns capítulos de um filme que não acabou, de um livro que comecei a escrever em 1984, quando fui pai pela primeira vez “nesta” vida. Algumas lágrimas insistem em rolar pelo rosto que muitas vezes sorriu ao ver coisas que para outras pessoas poderiam ser até banais, mas que ficaram gravadas na retina e na memória de quem curtiu o momento presente. Mas junto com as lágrimas da saudade, outras lágrimas marcam sua dolorosa presença. São as lágrimas do arrependimento por não ter feito mais, escutado mais, brincado mais, abraçado mais... Todos os abraços que poupei e que não dei em cada um dos meus filhos, talvez por julgar que não havia um motivo especial, hoje não me fariam a menor falta. Então, porque não o fiz? Deus, há uma forte dor dentro do corpo que abriga um espírito com paterna responsabilidade.

Com certeza, não faltará algum “entendido” no campo emocional para dizer: “Mas isso não é conversa de terapeuta.” E eu afirmo, com certeza não é. Trata-se de um desabafo de PAI. Não por acaso, lembrei agora de uma psicóloga que recebe do filho tapas no rosto e pontapés nas pernas. Lembrei, também, de um médico psiquiatra que prescreve antidepressivos e outras coisas – até aí nenhuma novidade, pois é só o que sabem fazer mesmo, mas para crianças também? “Não dá nada, faz parte”, como dizem. Jamais serão processados por tais atos. Existe um Conselho de medicina que irá protegê-los, além da cultura que aceita e aprova isso como absolutamente normal. Comprimidinhos da calma para problemas da alma. Bárbaro. No mínimo, irresponsabilidade de quem não é pai ou não ama seus próprios filhos. Bom, já deu para reparar que não sei ser diferente, pois a maioria das colunas que escrevo tem esta têmpera, de critica, repudiando aquilo que não serve para nós enquanto espíritos em caminhada. De um desabafo de pai ao repúdio de um terapeuta. Do individual e pessoal ao coletivo e profissional. Afinal, isso é o que? Murros em ponta de faca ou vazia e solitária missão? Diálogo ou monólogo interior?
Que todos os pais possam ter um verdadeiro e feliz DIA DOS PAIS. Abraços.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Reiki e ciência

 
A coluna de hoje é a 60ª escrita por mim, e para celebrar, nada melhor do que publicar aqui um artigo sobre uma pesquisa científica brasileira que comprova os efeitos benéficos do reiki. Transcrevo parte do texto de 2007, antigo, porém interessante, publicado na revista Galileu – Ed. Globo.
Para entender as reações biológicas do reiki, o biólogo e pesquisador Ricardo Monezi testou o tratamento em camundongos machos com câncer. “O animal não tem elaboração psicológica, crenças, fé ou amizade/empatia pelo tratador. A partir da experimentação com eles, procuramos isolar o efeito placebo”, diz. Para a sua pesquisa, Monezi escolheu a terapia reiki entre as demais práticas de imposição de mãos por tratar-se da única sem qualquer conotação religiosa.
No experimento, a equipe de pesquisadores dividiu 60 camundongos com tumores, em três grupos. O grupo chamado “controle” não recebeu nenhum tipo de tratamento; o grupo “controle-luva” recebeu imposição com um par de luvas preso a cabos de madeira; e o grupo “impostação” teve o tratamento tradicional, sempre pelas mãos da mesma pessoa, durante 15 minutos, por 4 dias consecutivos. Depois de sacrificados, os animais foram avaliados quanto a sua resposta imunológica, ou seja, a capacidade do organismo de reagir e destruir tumores. Os resultados mostraram que, nos animais do grupo chamado “impostação”, houve uma sensível melhora no estado imunológico.
“Não sabemos ainda distinguir se a energia que o reiki trabalha é energia magnética, elétrica ou eletromagnética. Os artigos descrevem-na como ‘energia sutil’, de natureza não esclarecida pela física atual”, diz Monezi. Segundo ele, essa energia produz ondas físicas que liberam alguns hormônios capazes de ativar as células de defesa do corpo. A conclusão do estudo foi que, como não houveram diferenças significativas nos grupos que não receberam reiki, as alterações fisiológicas do grupo que passou pelo tratamento não são decorrentes de condicionamento dos animais ou efeito placebo.
A equipe de Monezi começou agora a analisar os efeitos do reiki em humanos. O estudo ainda não está completo, mas o pesquisador adianta que o primeiro grupo, composto por 16 participantes, apresenta resultados positivos, o que sugere uma melhora significativa na qualidade de vida e diminuição de sintomas de ansiedade e depressão”. O trabalho faz parte de sua tese de mestrado na Unifesp. A quantidade de pesquisas recentes sobre o assunto mostra que a ciência está cada vez mais interessada no mecanismo e efeitos das Terapias Alternativas, agora chamadas de Integrativas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Adapt. do texto de Bruna Bernacchio.
Estamos evoluindo, apesar de tudo. Abraços.

sábado, 31 de julho de 2010

Meditação Vipassana

Hoje o assunto é leve, quase etéreo, porém de uma importância muito grande para a nossa vida, nossa harmonia e bem-estar. O simples ato de fecharmos os olhos para o mundo externo não quer dizer que estamos recusando informações que nos chegam a todo instante, quer no âmbito pessoal ou familiar. Precisamos parar um pouco para nós mesmos, ou algo nos parará, e isso poderá ocorrer quando menos esperarmos. A impressão que teremos é que nem um sinal nos chegou alertando para isso. Ninguém nos avisou antecipadamente.
Antiga técnica budista de meditação, Vipassana (visão) começa com um processo de respiração controlada chamada anapana-sati (percepção da respiração). O controle da respiração através da anapana exerce um profundo poder para aquietar e concentrar a nossa mente.
Encontre um lugar calmo onde você não seja afetado por distrações. Sente-se com as costas retas, assumindo uma posição confortável com a cabeça, pescoço e coluna em linha reta. Feche os olhos para o mundo externo. Abra-os para dentro de você, para o seu universo interior.
Afastando-se do mundo exterior, a atividade mais proeminente de nosso mundo interior é a respiração. Preste atenção à respiração entrando e saindo pelas narinas. Mantenha sua atenção nesse movimento pelo maior período de tempo possível. Quando os pensamentos surgirem, simplesmente volte sua atenção à respiração.
Isto não é um exercício de respiração, mas sim de percepção, uma técnica para concentrar a mente. O objetivo não é controlar a respiração, mas simplesmente estar consciente dela, sentir como ela é naturalmente – densa ou suave, agitada ou calma, longa ou curta.
Embora pareça uma prática simples, entenda que “aquietar” a mente é uma das coisas mais desafiadoras no mundo. Desconforto, pressa, dor ou pensamentos inevitavelmente o distrairão. Assim que perceber que está distraído, simplesmente mova o foco novamente para a sensação da respiração entrando e saindo pelas narinas. Não reaja a uma possível perda de concentração nem se julgue incapaz, de modo algum. Caso não consiga manter a atenção por mais do que algumas respirações, simplesmente faça uma pausa e volte toda a sua atenção novamente para a sensação da respiração nas narinas. Anapana-sati requer prática repetida e contínua, além de muita paciência. Pode ser praticada com bons resultados por anos ou até mesmo a vida inteira, resultando em um continuado processo de purificação da mente. Deve ser praticada por dez a quinze minutos, todos os dias.
Foi muito bom ter estado com você.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Prisioneiros da ignorância

Qual a competência que eu tenho para dissertar sobre coisas que não conheço? Nenhuma. E se for para parecer ignorante e medíocre, fico na minha, tentando me equilibrar da melhor forma possível sobre este carandiru gigante. Pessoal, nem tudo é “acadêmico”, por favor. Me pergunto sobre o que verdadeiramente aprendemos, não nas cadeiras da faculdade, mas na jornada do espírito? Pensamos saber das coisas, e o que sabemos é NADA diante do “todo” que insiste em passar diante dos olhos, pois a cegueira da mente impede o entendimento do real significado de estarmos aqui. Pena.

“Lamentável que seja assim”, dizia o título da coluna feita de quadrinhos, em substituição ao texto semanal, pois não havia vontade de escrever. O motivo, além de óbvio era também lamentável, porém de fácil entendimento. Hoje, mais do que antes, entendo as razões que levaram tanta gente de valor, e nas mais diversas áreas a ir embora daqui. Tamanha pressão não é para qualquer um. Aqui não basta ser do bem, tem que ter alguns dons a mais, uma estrela-guia muito poderosa, um excelente mentor espiritual, de preferência um planeta marte como regente, e talvez um bônus extra, como “sangue de barata”, por exemplo.
Também é óbvio – e isso até uma criança sabe, infelizmente existem pessoas que não realizam seus trabalhos com a seriedade necessária, seja na área que for, e aqui não vou cometer o erro de proclamar “minha área” porque aqui nada nos pertence, ainda mais nesta área que envolve outras faixas de dimensões. Seria muita pretensão.
Lembrei-me, neste momento, da antiga história do turista que ao visitar a morada de um monge, nas montanhas tibetanas, se depara com algo muito rústico, simples e sem mobília. O desavisado turista pergunta ao monge onde estão seus pertences, seus bens, ao que o monge sabiamente lhe pergunta: “E os seus?” O turista, sem muito pensar, diz ser o que é, apenas um turista, um viajante que ali está somente de passada. O monge lhe respondeu assim: “Eu também só estou aqui de passagem. Assim como você, eu também sou apenas um viajante, com vestes de prisioneiro.”

Vale repetir que em qualquer área de atividade humana (o próprio nome, por si só, já explica tudo – humana, portanto, passível de erros) existe aquele sujeito que “mancha” negativamente o tanto (pouco ou muito) que ainda existe de bom e que alguns conseguiram, abaixo de mau tempo, com muito sacrifício e doação, realizar.
Apelação não leva a lugar algum, pelo contrário, consome uma quantidade razoável de energia que poderia ser usada para fins mais nobres. Todas as tentativas que observamos a nossa volta para que algo de bom desponte ainda são tímidas diante do nosso orgulho, arrogância, egoísmo, prepotência e falta de humildade. Lamentável que sejamos assim.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lamentável que seja assim

Essa é dos "malvados" da world wide web. Ideal para esta edição, sem dúvidas e também sem comentários.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Falta coragem, sobra temor

Esta é a resposta que você não teve na minha última coluna (Momento presente), ao término do texto. Pois bem, aí está. É simplesmente isso que nos falta. Coragem para ousar ser diferente do que somos neste instante. Somos impacientes para algumas coisas, acomodados o suficiente para tantas outras e indiferentes demais para as questões do espírito. Nesta louca gangorra que é a nossa vida e sem que percebamos, ocorre uma quebra de identidade do ser frente à grande massa de coisas “erradas” que nos cercam. São situações mal conduzidas, ou ainda conduzidas por pessoas que não estão no ideal do seu equilíbrio. São elos rompidos entre o momento presente e um passado de algumas aprendizagens. São barreiras que julgamos serem intransponíveis e por assim julgar e acatar, nos curvamos. São pensamentos medíocres de pouca valia que nos invadem como se de nós fossem donos. Aquele que está diante de nós, desafiando cada precioso minuto, nada mais é que uma “sabatina ambulante”, testando nossas questões mais internas. Será que verdadeiramente subimos aqueles degraus ou foi apenas impressão? Algumas vezes subimos sim, lentamente. Outras até com razoável velocidade e determinação. Mas eis que de repente surge o “teste”. E agora, você está pronto para a prova? Está pronto para mostrar o quanto progrediu e quais os verdadeiros degraus que conquistou? Afinal de contas, faremos o que, daqui em diante, para melhor aproveitar esta nossa atual encarnação? Pense um pouco nisso.

Dois anos escrevendo...
Lembro do desafio que foi escrever a primeira coluna para o jornal. Será que vai dar certo? Será que as pessoas daqui irão ler até o final? E depois disso, será que irão gostar? Estas e outras dúvidas continuam até os dias de hoje. Estou fazendo a minha parte, sabendo que o desafio é enorme e a descrença e o preconceito que recai sobre algumas formas de terapia, maiores ainda. Provavelmente quando tudo isto mudar, já não estarei mais neste plano para ver. Mas vai ser muito gratificante saber, de alguma forma, que as mudanças tão desejadas pelo plano espiritual, enfim aconteceram.
Bom final de semana. Abraços.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

00:41 (into my life)

“SÓ UMA COISA TORNA O SONHO IMPOSSÍVEL: O MEDO DE FRACASSAR.”
Saibam que o Amor existe. Ele é possível, basta que acreditemos verdadeiramente que somos capazes e merecedores dele. Mas o que fazer para ser capaz ou merecedor? Boa pergunta.
O Amor está dentro de nós. Acredito que sempre esteve, e lá continuará para SEMPRE. Quando escrevi pela primeira vez este texto, usei o termo "até o fim" e fazendo uma releitura, pensei: "Do que estou falando?" Percebi como é fácil permitir que pensamentos não construtivos adentrem nossa mente. Precisamos evitar palavras negativas e terminais. O fim nada mais é que três letras amontoadas por alguém cansado de lutar. Certamente um cego, que cansado de procurar a beleza no cheiro, no gosto ou no toque, resolveu dizer “basta”.  E se cego não era, poderia ser , talvez, surdo. Sim, surdo para os sons que vem da fonte e que tocam na alma. Quem sabe um mudo, que por não poder exteriorizar a sua vontade através da manifestação verbal, fechou seu chakra laríngeo para o mundo e, como consequência da sua estúpida decisão, o mundo se fechou para ele, que agora está só. Sozinho e mudo em sua surda cegueira. Só, absolutamente só com trilhões à sua volta. Eis o significado de fim, ao menos para mim.
E ainda assim nem sabe ser fim, pois acaba de nascer uma rima. E o nascimento, que nada mais é do que manifestação divina para um “acreditar” maior? O fato de aceitarmos a crença de algo superior remete-nos direto para o Amor. Somente o Amor constrói e transcende. Somente o Amor sublima. Somente o Amor supera e perdoa. Somente o Amor releva. Somente ele, o Amor, revela.
Já passa da meia-noite, então FELIZ DIA DO AMOR à todos que possam, de um jeito ou outro, deixar a cegueira e a surdez de lado. Não se permita calar nem ser calado. Calar a boca para que? Ela foi feita para beijar. E no suave e doce gosto do beijo da amada, percebo que também ali o Amor fez sua morada. E te fez minha namorada. FELIZ DIA DOS NAMORADOS.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Momento presente

Estamos aqui reunidos para fazer algo de bom, algo que traga benefícios reais para a alma, algo que faça todo este “esforço da vida” valer à pena.
A vida, com toda a certeza, é a arena escolhida para os mais diversos acertos de contas. É também a oportunidade dada pelo plano espiritual a todos aqueles que não souberam amar e para outros tantos que “não pediram para nascer”, imploraram. Pois bem, aqui estamos, e agora?
Desde a última vez que partimos daqui, tivemos vários “momentos” digamos assim, onde fomos levados a ver sob uma outra perspectiva as coisas que deixamos de fazer ou que não fizemos do jeito correto. Aqui cabem várias interpretações para o que é “correto”, porém falo de coisas corretas para a minha alma e que não necessariamente tenham que se encaixar nas suas definições do que é certo ou errado. Isto, além de pessoal, é espiritual.
Dizem que a dor que você sente é tão grande, mas tão grande, que você acaba implorando por esta nova chance. Cansado de ser repetente, sua intenção agora é fazer bonito. Só que antes, te dão um presentinho... chama-se LIVRE ARBÍTRIO.
É uma pegadinha, não percebeu? Querem ver se você realmente aprendeu. Pode ter a certeza, foi tudo muito bem arquitetado, porém não esqueça o detalhe: o tal pacote que você ganhou e que fará parte da sua vida, estará sempre ao seu alcance, presente em todos os minutos da sua existência. O livre arbítrio estará com você desde o primeiro até o último dia da sua passagem por aqui. Não sabemos como aproveitar esta chance de realização que é a nossa vida atual. Gerentes que somos da nossa própria sina, e de posse deste “poder” que nos foi dado, muitas vezes erramos. Bem verdade que é com o erro que se aprende, mas e os tais acertos, quando experimentaremos? Resposta: assim que desejarmos. Esta chance sempre esteve ao nosso dispor. Quando desejarmos realmente, aí então teremos subido alguns degraus rumo à felicidade.
Sabemos fazer festas e bebemorar, sabemos apontar críticas, julgar e punir com o rigor do nosso consciente. Sabemos mais da vida do outro do que ele próprio. Na verdade, sabemos tudo o que não nos interessa saber. Sabemos verdadeiramente como transformar oportunidades em mágoa, rancor, ódio, possessão, inveja, medo, ansiedade, tristeza, ressentimento, escuridão, etc. Nos falta o que?
Bom feriado, curta seu final de semana.

Ajuda invisível

Buscando no cotidiano algum termo bastante conhecido que melhor sintetize o que é TERAPIA, encontrei um: “Saneamento básico”, e digo porque: Não há condições favoráveis para a saúde humana se não existir saneamento básico. Transferindo estas palavras para o dia-a-dia do consultório, tudo o que se tenta fazer é melhorar a infraestrutura para que se tenha um SER mais pleno, mais capaz, mais saudável, mais responsável por seus atos.

Ouvi muitas e repetidas vezes frases do tipo: “obras que não se vê não rendem votos”. É pura verdade, muito embora a cabeça repouse com a merecida paz sobre o travesseiro quando o dever foi cumprido. Na Terapia não é diferente. O lento trabalho da busca interior não é páreo para a feroz intenção da droga, que é a de atacar o sintoma, sem escolher os órgãos que prejudicará para isso.
Na maioria dos casos, não procura-se entender nem tampouco tratar as várias causas geradoras do problema. Antigamente a saúde era encarada como algo sagrado e aqueles que se dedicavam ao seu estudo eram sacerdotes, no sentido mais estrito da palavra, tanto era que a palavra grega Thaerapia significa servir a Deus.
Aos primeiros sintomas de algo que não está bem, muito pouca ou nenhuma importância é dada. “Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser procurado”, diz a velha frase do MS. Cá entre nós, proeza, não é verdade? Você terá que contar com uma estrela muito brilhante para conseguir ser bem atendido(a) via SUS. Particularmente falando, uma outra modalidade de atendimento tem como ponto forte a relativa rapidez no atendimento, vantajosa se comparada ao viciado Sistema Único. E é único mesmo dentre os demais do planeta. Há piores, com certeza, mas vai olhar a bandeira. Tenha dó.
Continuando, senão perde-se o foco:
Aos próximos e persistentes sintomas, você já olha para a carteira, olha para o consultório médico, olha para a fila do pronto-socorro e...? bom, sei lá o que você irá decidir. A saúde é sua, assim como as escolhas, o corpo, o livre arbítrio... Não sabe o que fazer? E aqueles primeiros sintomas lá atrás, que nada mais eram que leves desarmonias na energia, mas que acabaram plasmando no físico, de tanto que o seu mental trabalha para o negativo? O seu e o de mais 98% dos seres humanos, para que você não se sinta sozinho e abandonado.
As pessoas parecem desconhecer esse tipo de raciocínio. Acham que tudo isso é conversa, ficção, fantasia, coisa de zen... Por outro lado, não posso tirar de você o sagrado direito de pensar tudo o que quiser, dado o sistema de crenças no qual você está inserido. Um bom final de semana. (cont.)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Depressão - II


Na primeira parte deste texto, disse que somos turistas com uma bagagem de mão. A intenção era não assustar você. Somos turistas por aqui, com certeza, porém trazemos containers de coisas para refazer ou fazer pela primeira vez. Essa conversa é um tanto estranha, não é? Fala de vidas passadas, de livre arbítrio, de perdoar aos que nos magoaram ontem ou quem sabe quando... Fala de coisas que não estamos acostumados a ver, ouvir e tampouco vivenciar. Quem de nós está realmente fazendo desta encarnação uma verdadeira oportunidade para quitar dívidas, procurar alternativas saudáveis para solucionar problemas de uma alma antiga? Quem de nós está verdadeiramente conscientizado de que a hora de mudar ou fazer algo É AGORA? O amanhã poderá ser tarde demais, e para alguns talvez ele nem chegue. Se este tipo de reflexão afronta coisas nas quais você acredita, então não fique lendo, vire a página e olhe fotografias, mas não julgue. Não nos cabe julgar, embora façamos isso muitas vezes, ao longo da nossa vida adulta.
Não rotule as coisas que chegam até você, pelo contrário, procure entendê-las com a sabedoria dos humildes. Nós próprios somos “rótulos ambulantes”, e isso faz com que esqueçamos nossa verdadeira identidade. Esse esquecimento nos coloca na linha de frente da depressão. Estamos aqui como irmãos e não como adversários, mas não entendemos as verdadeiras razões e/ou emoções que originaram essas “batalhas”. Dúvida no ar: Por que a sábia ciência não coloca seus bigodes neste assunto? Pelo contrário, o alimenta com suas “mais recentes descobertas”, afirmando coisas e batizando-as com nomes elaborados a partir do ego de quem os criou. Falo sobre isso com a mesma tranquilidade de quem mora numa cidadezinha de interior, a mais de 600 km da capital, e que pouco sabe a respeito de coisas que tocam na alma. “Isso passa, não dá nada!”, afirmam. Assim também são vistos os problemas que muitos adolescentes carregam. “São bobagens da idade.” Sentenciam os pais, num absurdo e cego diagnóstico.
Quem esperava encontrar uma saída mágica para a depressão, frustrou-se, embora a receita esteja aí, neste e na maioria dos artigos que eu escrevi até hoje. Agora, se o que você busca é o imediatismo, a falsa cura, sinto muito mesmo, mas terá que procurar o método tradicional. Certamente haverão comprimidos para seus sintomas. Um bom final de semana. Cuide-se. Abraços.

domingo, 9 de maio de 2010

MÃE

Mãe é luz, é energia, é harmonia, é paz, é vida, é porto seguro, é acalanto, é estrada sem fim, é esquina onde eu me encontro, é rua tranquila, é casa antiga, é quintal florido, é flor na janela, é bôlo no forno, é alegria na mesa, é a própria mesa da casa antiga com flores na janela naquela rua tranquila... perto da esquina onde eu me encontro, sob a harmônica luz da vida... meu canto é meu acalanto... minha mãe é o porto seguro da minha vida naquela casa antiga, sem fim...
Energia tranquila... janela da paz... flor que é vida... quintal da harmonia... porto sem fim... esquinas...

PARABÉNS A TODAS AS MÃES QUE JÁ FORAM CLIENTES DE TERAPIA, ÀS "TEIMOSAS" QUE AINDA SÃO [rsrs], ÀS NOVAS que aos POUCOS e TIMIDAMENTE ESTÃO CHEGANDO, EM ESPECIAL ÀS TANTAS QUE TEM ALGUM RECEIO DE SE ENCONTRAREM E QUE POR ISSO DEIXAM A FELICIDADE PARA SEGUNDO, TERCEIRO ou DÉCIMO PLANO...
MENINAS: OBSERVEM, OUÇAM, FALEM, PERGUNTEM, QUESTIONEM, DUVIDEM SE FOR PRECISO, CUMPRAM, COBREM, OUSEM... OLHEM nos OLHOS, ATREVAM-SE... SUPEREM-SE... SEJAM FELIZES E ILUMINADAS, SEMPRE !

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Depressão

Podemos dizer que uma pessoa está em estado depressivo quando deixa de demonstrar interesse pelas coisas que costumava fazer. Algumas vezes, essa falta de interesse chega a ser pela própria vida. Ainda assim precisará ser forte para encarar seus compromissos pessoais, financeiros, etc.
Nossa vida está longe de ser um “mar de rosas” onde as coisas nos caem quase que prontas do céu e resolvidas de tal modo que não precise esforço algum para encaminhá-las.
A depressão é hoje uma tendência, sem dúvida, e vai aumentando na medida em que a sociedade vai se tornando menos humana. Muitas e erradas vezes, uma pessoa ao tentar “ajudar” alguém com sinais de depressão, incentivando-o a reagir frente aos obstáculos, distraindo-o ou aconselhando-o a fazer algo de bom para passar o tempo, acaba piorando a situação, pois o ideal seria não perder mais tempo, procurando algum tipo de ajuda quase que imediatamente. Isso seria o mais certo a fazer.
Vivemos sob um constante “bombardeio” de coisas que nos tiram a paz e a tranquilidade. São os tais problemas da vida moderna e agitada, as injustiças de toda ordem, a política como fator gerador de interesses mesquinhos, os problemas familiares que por si só já somam um capítulo à parte, enfim, “tantas emoções” como diria o Roberto Carlos, que parecemos enfraquecer diante de tudo. Na ânsia de querer parecer forte, acabamos nos fechando em nós mesmos, como se quiséssemos nos proteger do inimigo invisível, porém, criamos uma espécie de parede em torno de nós, isolando nosso EU de todo o resto. Essa é a “saída” que usamos para não encarar de frente a vida e seus cruéis desafios, que nada mais são que verdadeiras aulas para nós. Lições de vida, como normalmente chamamos, sem maiores comprometimentos com o verdadeiro entendimento do nome.
Nossa vida tem um sentido, apenas precisamos encontrá-lo. Não devemos transformar essa busca em sofrimento, pois isso nos traz profunda angústia e dor. Estamos num lugar de passagem, somos turistas com uma bagagem de mão que precisa ser constantemente revisada, reorganizada, corrigida, repensada e, sempre que preciso, descartando o que não nos serve mais. Fazer a lição de casa nos afasta da depressão. Foi um prazer ter estado aqui. Um bom final de semana. Abraços. (cont.)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Paredes

Paredes é o que somos, na maioria do tempo, e em quase todos os lugares.
Permanecer fechado é como estar morto. É como se todo o céu estivesse à sua disposição e você o olhasse pelo buraco da fechadura. É claro que ainda assim você veria um pouco de céu, às vezes um raio qualquer de sol, talvez uma escassa estrela brilhando. Mas tudo isso é desnecessário e você permaneceria desnecessariamente infeliz.
SAIA DESSE LUGAR – Você pode sair daí. Faça uma pequena experiência. À noite, antes de dormir, fique de pé no meio do quarto e olhe para a parede. Concentre-se, pense em si mesmo como uma parede, sem janelas ou portas. Ninguém pode entrar e você não pode sair – está aprisionado. Só para ter a leve sensação de onde nós estamos.
Esta é uma experiência assustadora e não posso transcrevê-la aqui, na íntegra, pois é um tanto forte, uma vez que te remete à própria “sepultura”, para perceber o que é a “vida” que nós acatamos como uma experiência normal. Somente depois disso você valorizará mais o agora, o momento presente, o verdadeiro significado de estarmos aqui, vivendo este “presente”, pessoal e intransferível.
Esta experiência, quando feita em atendimento, tem um grande impacto transformador no dia-a-dia.
Ao compreender como isso acontece, você irá entrar em contato com uma outra dimensão, sendo aos poucos capaz de sentir as vibrações vindas de outras pessoas, aprendendo assim a proteger-se.
Na vida, nós temos esta opção, de sermos PAREDES ou PORTAS. Isso é algo muito pessoal, pois somente você tem o PODER da escolha. Não culpe os outros pela sua clausura. Também não se culpe. É bem provável que este tenha sido mais um momento de escolha. E isto quer dizer que você foi colocado à prova, mais uma vez, das tantas que a vida ainda irá te proporcionar. E pode ter a certeza disso: ela o fará sempre que necessário.
Se você pudesse imaginar, mas somente imaginar o que eu vejo de paredes nas ruas, e não estou falando das construções. Paredes humanas, sem brilho, sem propósito, sem vida. Isso é ruim para todos. É triste, é pobre, é insano, mas apesar de tudo, é ESCOLHA, e de escolhas nossas VIDAS são construídas. Foi uma escolha ter estado aqui. Um bom final de semana e uma FELIZ PÁSCOA.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Adolescência - II

Falando mais claramente sobre desdobramento de personalidade, o que justifica o fato de que nem sempre o doente é o doente, quero salientar que a Apometria é uma técnica ideal para ser utilizada com pessoas. A finalidade maior é tratar pessoas, e não espíritos. Porém, algumas ferramentas podem e devem ser utilizadas no tratamento espiritual.
Quando disse que muitas vezes a questão é o adulto e não o filho, alguém deve ter pensado que eu estava defendendo o jovem ou a criança. Não é nada disso. Defesa e justiça são palavras fortes, de entendimentos diversos. Preocupa-me o fato das crianças de hoje virem com personalidades adultas aflorando rapidamente, o que torna o convívio muito difícil, pois elas insistem em um comportamento adulto, e isso nada tem a ver com a ausência de outras crianças à sua volta, como muitos pensam. São mudanças ocorrendo de forma muito rápida, e que pedem urgentemente – em cada situação, graus de entendimento distintos. Uma infância com compreensão reflete uma adolescência sadia.
Ao falar em dissociação de consciência, estou entrando novamente no mundo daquelas coisas que a maioria ainda não entende, ou prefere não entender, pois é mais fácil permanecer alienado(a), cego(a), distraído(a), “grog”, tanto faz. Precisamos deixar de lado esses papéis de vítimas, que não somos. Estamos numa espécie de “escola-colônia” chamada Terra. O desejo maior do ser será sempre a felicidade, que jamais existirá sem aprendizados. É para isso que estamos aqui. Para amar, sonhar, para “fazer bonito”, para realizar ou obter coisas que para muitos seriam impossíveis, mas que ao fazer, provamos que o impossível não existe. “Por não saber que era impossível, foi lá e fez. Depois que soube, jamais conseguiu”.
Venho imprimindo às minhas colunas um novo perfil, nada contra aquele modelo “auto-ajuda” que por mais de 40 edições (e não por acaso), chegou até você. Este é o 50º texto que eu escrevo para o Tribuna, desde a 1ª edição, em 12-06-2008, mas o momento pede algumas mudanças, e estas também precisam estar presentes até mesmo nas coisas mais sutis, como as que nos tocam direto na alma. Dentro desta nova etapa, me sinto inclinado a falar de coisas um pouco mais complexas, não esquecendo de que a receita ideal continua sendo a simplicidade. Obrigado Tribuna, obrigado leitor.

sábado, 27 de março de 2010

Adolescência - I

Foi um novo cliente, um jovem de 15 anos, com tantos e tantos questionamentos comuns à idade, que me levou a escrever a coluna de hoje. Gostaria muito que todos os jovens iguais a ele tivessem o discernimento necessário para perceber o quanto nós adultos, dentro da nossa incrível prepotência madura, nos deixamos levar pelo fato de hoje – já crescidos e “evoluídos”, pensarmos saber tudo.
Quero repetir aqui, para que fique registrado também em papel, pouco do tanto que lhe falei na tarde de terça-feira. “Teu caso não é diferente dos tantos casos que há por aí. Eu próprio, com a idade que hoje tens ... (pausa) esquece, meu amigo, eu cresci e já não me recordo mais de como lidei com tantos sentimentos. Entende o que é ser adulto?”
Hoje, já quase com 45 anos, percebo o quanto nós pais falhamos nesta nossa missão terrena. Não fosse por um “diálogo interior”, certamente eu me incluiria nas fileiras que serpenteiam mundo a fora, repletas de adultos “donos de si”, que pelo tom alto de voz, impõem sua cega e violenta arrogância, e mais contraditórios ainda se revelam ao dizer que também já foram adolescentes. Sim, é verdade, foram, mas a herança que perambula pelas ruas nos mostra claramente o quanto deixamos para trás o nosso EU CRIANÇA.
Engraçado que, para piorar tudo isso, ainda há a turma que insiste em tratar essas questões com anti-depressivos ou calmantes. Por favor, respeitem a integridade espiritual destes que poderiam ser seus próprios filhos. Mas até nesta circunstância eu já vi pais errando e errando cada vez mais, jurando estarem corretos. É o tal do “eu sei mais”, não é?
Muitas vezes quem precisa de ajuda são os próprios pais que, tendo algum controle sobre seus “fantasmas do passado”, impedem, de algum modo, que isso se manifeste livremente no momento atual de suas vidas, porém, esquecem que no canto da sala, jogando vídeo-game ou fazendo alguma coisa qualquer, está alguém com tantas dúvidas quantos espinhas, “prato predileto” das formas-pensamento do adulto pai ou mãe que, pelo desdobramento de personalidade de um destes ou de ambos, acabam vitimando o próprio filho, que pela pouca idade, possui um grau maior de sensibilidade. (continua)
É sempre um ato de profunda fé, coragem e desprendimento estar aqui, desafiando você a ver outras coisas, ampliando um pouco sua percepção.

quarta-feira, 17 de março de 2010

"A hora é essa."

Em virtude da cara sequência de um curso que inicia este mês e se estende até 2011, avançando mais uma etapa nesta importante área da minha vida, organizei alguns horários para atendimentos onde você pagará muito pouco por uma terapia reconhecida no mundo todo como a terapia de um novo ser. O ser que busca não fora, mas dentro de si mesmo respostas para sua evolução pessoal, suas buscas, seu crescimento de espírito.
As dificuldades que surgem a cada novo curso, quer pelo desgaste físico devido aos longos deslocamentos, quer pelos custos, são grandes.
Trabalhar com terapias que muito pouco podem contar com algum incentivo da medicina tradicional já é um grande desafio, imagina então fazer isso numa cidade como Uruguaiana. Aqui há quase nada de abertura de consciência para isto. Existe sim, abertura de carteiras para custear tratamentos de um corpo doente. Porém, “graças” a essa pouca abertura de consciência, existem alguns horários de atendimentos ainda não preenchidos e que gerarão oportunidades de atendimento a custo baixo. Excelente chance para você cuidar mais de si.
Conheço as várias dificuldades (financeiras, principalmente) pelas quais as pessoas passam, e até adoecem por isso. O fato de não ter a quem recorrer em momentos de angústia, tristeza, temor ou aflição, leva uma pessoa a um quadro ainda pior, fazendo com que fique depressiva, coisa que não ajuda muito naquela hora. Há ainda momentos em que a própria vida parece estagnar. Se você acessar a internet, no endereço que está abaixo, verá que desde 2008 foram escritos vários textos tentando alertar para sua qualidade emocional, através de palavras simples, porém escritas com muito zelo e dedicação. Agora, graças a um curso, e talvez não “por acaso”, chegou a hora da parte prática. Serão 15 pessoas que estarão incluídas em um primeiro momento. A continuidade dessas pessoas no atendimento de terapia considerará a qualidade do emocional de cada uma, fazendo com que permaneçam por mais tempo ou deem o lugar para outras que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer o bem que a terapia proporciona.
Envie um e-mail ou ligue. Vai ser um privilégio poder estar com você. Um grande abraço.

Caminho de pedras

“Quem quiser chegar à nascente, tem de nadar contra a correnteza.”
Muitas pessoas tem a consciência do quanto é importante crescer espiritualmente, e o tentam fazer de várias maneiras. Levadas por indicações de alguém, acabam chegando em algum lugar. Outras vezes, levadas pela própria intuição (mais raro) vão de encontro à sua própria alma, a sua essência.
Os meios que te levarão pouco importam, o que precisa acontecer é você acessar seu EU DIVINO, e lembre que todos nós estamos sob as estrelas. Você e eu precisamos crescer, talvez em diferentes aspectos, mas todos, sem exceções, precisarão desse crescimento ainda nesta existência.
Até pouco tempo eu pensava ser um brasileiro, pensava ser o Emílio, e pensava, também, que isto aqui era tudo. Isso gerava em mim uma espécie de aflição, pois sentia falta de lugares aos quais nunca havia ido, um tipo diferente de saudade de coisas ou momentos que não havia vivido nesta vida.
Você acredita que já teve uma vida anterior a esta? Não quero contradizer as informações dos teólogos cristãos, até porque não tenho interesse algum nisso. Sou católico pelo ritual do batismo e me considero, hoje, um espiritualista (não confundir com espírita – que não sou). Minha Fé está acima de qualquer coisa, muito acima de qualquer sistema de crenças. Agora, tomar para si algumas coisas como verdades absolutas, porque em determinada época isso era de suma importância a um específico grupo que tinha lá seus interesses, bom, isso já é outro departamento. Vamos com profunda calma e algum discernimento.
Ao som de Grieg, a coluna vai sendo escrita e o assunto vai sendo desviado sem estranhar algumas argumentações, por favor. É complexo adentrar certos conceitos sem que egos sejam feridos. Vivemos em um mundo de muitas contradições e inverdades, e para “piorar” tudo isso, vem a vida e nos propõe um caminho de pedras, pois pensamos ser apenas o que somos, quando na verdade somos mais. Hoje eu percebo que estou brasileiro e que, por alguma razão, estou Emílio. E o que isto me traz de aprendizado? O que preciso resgatar ou fazer nesta vida? Saindo, ou melhor, nem entrando no conceito vazio de que tudo isto é um processo meramente biológico, você precisa perguntar-se sobre quem realmente é e para que veio. Abraços.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Corpo saudável

Diferente do corpo “sarado”, o corpo saudável é a manifestação inteligente da saúde.
Com esta frase, quero fazer com que você veja a maneira como está tratando do seu corpo, de um modo geral, sem “invadir o campo” dos porquês.
Entrar ou estar em contato com o corpo requer uma maior sensibilidade. Algumas pessoas só percebem o corpo ou parte deste quando algo não vai bem. Surge uma dor de cabeça, então você sente o desconforto, indo direto para o analgésico, sem investigar o que está acontecendo. E mesmo que questione, talvez a resposta não venha assim de maneira tão direta e clara, pois você não está acostumado a isso, a dialogar consigo mesmo.
Mas existe quem faça isso? Sim, existe. Talvez você ainda não conheça alguém. Tantas coisas nós desconhecemos. Tantas coisas deixamos de ver.
Nossa vida é meia vida. Nossa felicidade mora na casa ao lado. Nossa paz, perdemos em alguma esquina. Somos o que disso tudo restou. Acredito que ainda é possível tentar resgatar essa essência profunda, que nos pede para sermos melhores do que hoje somos. Dê uma olhada em volta e veja o que fizemos e ainda estamos fazendo com a nossa casa, o planeta em que moramos. Humanamente já é impossível reverter tudo isso. Pois bem, ainda não satisfeitos, partimos rumo à autodestruição.
Mais do que nunca, precisamos nos observar, ficar atentos ao modo como estamos vivendo.
Check-up periódico em consultórios médicos é uma coisa, diálogo interior é outra, muito diferente, por sinal. Não há como comparar. Um leva ao tratamento da possível patologia. O outro busca a origem, o evento causador da desarmonia física.
Quando tudo está bem, você permanece alheio ao estado geral interno do corpo. Quando os sinais aparecem, seu contato, então, já não é com o corpo, mas sim com o sintoma ou doença, enfim, com algo que deu errado. A sensação de bem estar já não está mais presente.
Perdemos quase que totalmente a capacidade de manter contato e interagir com o nosso corpo quando estamos bem. Despertamos para este estado apenas na emergência. Se algo deu errado, então precisa ser resolvido. È preciso comprar um remédio. É preciso “tapar o sol com a peneira”.
Mais uma vez, foi um privilégio estar aqui.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Entrando no barco

Fazer aquilo em que você acredita, seguir seu coração, confiar nos seus instintos parece uma viagem solitária? É, até pode parecer. Quando se chega a esse ponto, ninguém além de você pode determinar o curso de ação correto para sua vida e para seu crescimento, seja ele profissional, pessoal ou até mesmo espiritual. Mas o que não é muito considerado é que a maioria dos nossos conflitos e até mesmo a solidão são realmente o resultado de não seguirmos nossos próprios caminhos, nossa luz, nossa jornada. Deixamos o barco de lado.
Enquanto formos leais à nossa pouca intuição, portanto, a nós mesmos, sempre encontraremos alguém disposto a ajudar ao longo da nossa vida.
Teremos momentos de solidão, de incompreensão com nossos próprios sentimentos, momentos em que as idéias desaparecerão. É que na verdade não estamos muito acostumados a “pensar” com as emoções. Nossa mente tem um poder absoluto e absurdo sobre nós. Quando que a moderna ciência irá descobrir isso? Chegará o tal dia em que seres humanos serão tratados como seres divinos em sua essência? Mas se nem nós acessamos essa essência, como esperar um gesto dessa grandeza de quem “trata” das emoções da humanidade?
[rsrs], irônico isso. Muitas vezes sou levado a escrever coisas... mas no final, a sensação é de estar escrevendo muito próximo das estrelas, onde ninguém consegue ler. Mesmo assim, sigo minha intuição, meu coração, meu guia.
Bom, “retomando o raciocínio”, como dizia o capitão Nascimento, se soubermos dirigir nossa atenção para essa nossa essência, perceberemos presenças ao nosso lado, e isso quando menos esperarmos. Pessoas entrarão por uma razão, por uma estação ou, quem sabe, por uma vida inteira, como diz uma mensagem que vi certa vez. Quando percebermos o verdadeiro motivo de tal encontro, estaremos sintonizados com uma energia maior, uma outra frequência ainda pouco conhecida da maioria das pessoas, e então saberemos como agradecer a lição que cada uma daquelas pessoas nos proporcionou. Este é o momento de entender, também, o que de nós cada uma delas levará para aplicar na sua vida. Isto é crescimento e partilha.
Sejamos corajosos. Sejamos intuitivos e, acima de tudo, nós mesmos, remando rumo ao centro das nossa emoções. Foi um privilégio estar aqui.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Repensando o que somos

Este é um roteiro básico com perguntas que devemos nos fazer em certos momentos da vida.
É fundamental fazer um autoinventário honesto do modo como vamos traçando o nosso roteiro.
Relacionei apenas alguns pontos, mas sei que você deve ter outros tantos para acrescentar.

01 – Sou excessivamente temperamental?
02 – Sou egoísta, ciumento ou possessivo?
03 – Meu jeito de falar é grosseiro?
04 – Tenho falta de autoconfiança?
05 – Tenho falta de autoestima?
06 – Sou uma pessoa vingativa?
07 – Sou uma pessoa submissa?
08 – Até que ponto sou humilde?
09 – Aceito o outro como ele é?
10 – Como anda minha fé?
11 – Sou muito ansioso?
12 – Sou muito resmungão?
13 – Estou satisfeito com o meu trabalho?
14 – Trabalho com honestidade?
15 – Guardo sentimentos de culpa?
16 – Guardo sentimentos de raiva ou ódio?
17 – Estou indo rumo à autodestruição?
18 – Estou bebendo mais do que devo?
19 – Me alimento exageradamente?
20 – Exercito-me o suficiente?
21 – Estou crescendo intelectualmente?
22 – Estou evoluindo espiritualmente?
23 – Aproveito o tempo com meus filhos?
24 – Qual o tempo que eu reservo para mim?
25 – Em que nível está a minha ambição?
26 – Estagnei em minha vida ou carreira?
27 – Tenho medo dos outros?
28 – Tenho atitudes amigáveis?
29 – Sei que ainda tenho muito para aprender?
30 – Leio o suficiente?
31 – Confio em mim mesmo?
32 – Ofereço ajuda para o meu irmão?
33 – Quanto eu sou capaz de perdoar?

Tudo o que foi mencionado na lista acima pode ser corrigido, desde que você deseje muito fazê-lo. Lembre-se de que a atitude que tem para com você mesmo determina sua atitude em relação ao outro.
Foi uma honra compartilhar mais uma vez este espaço com vocês, leitores do Tribuna. Abraços.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Afinal, quem somos?

Sem ter a pretensão de impor um ponto de vista muito particular, quero apenas deixar uma reflexão para que você faça sua própria análise em relação a essa nossa jornada aqui neste terreno planeta.
Aqueles que foram ensinados da maneira mais tradicional, sendo levados a acreditar apenas nos fatos comprovados cientificamente, com certeza irão dizer que somos formas de vida obedecendo um ciclo de nascimento, vida, procriação e morte. Alguns até aceitarão que temos algo mais dentro de nós, uma espécie de alma ou coisa assim, mas que em nada interfere no modo “biológico” de viver.
Procuro fazer comparações sempre de maneira clara, para que um número maior de pessoas possa entender. Aos que já dominam tais assuntos, percebam como é fácil usar de simplicidade e como é simples transmitir uma mensagem. Aos que recém estão abrindo as portas da autopercepção e do autoconhecimento, saibam aproveitar estas oportunidades. Algumas novas e outras únicas.
Este é o propósito e, sem fazer uso dos chatos e dispensáveis termos técnicos ou palavras que impressionam, vou escrevendo sobre algo que sempre existiu, mas que nunca “paramos” para ver.
É como se todos nós estivéssemos em uma ilha. Aqueles primeiros pensarão estar no grande continente. Para eles, a ilha representa o todo.
Alguns ousarão se afastar um pouco da grande multidão e perceberão que há uma praia logo ali em frente. Olharão o mar e verão um imenso horizonte inexplorável. Estes são em menor número. Um pouco mais de visão e sensibilidade os perseguem.
Daquele já pequeno grupo, uma parte olhará para o lado. Haverão pequenos botes, tão próximos deles...quase inacreditável. – Para que tais barcos? Será que devo entrar? Há um par de remos, mas para onde, exatamente, irei remar? ... Puxa, é verdade, ainda precisarei remar. Deixa pra lá.
Haverão, ainda, os corajosos que empurrarão seus barcos até a água e entrarão dentro deles, assumindo os remos da sua vida. Estes ajudarão na construção de suas próprias histórias. Olhando para trás, talvez sentirão falta dos que ficaram.
Há um destino, com toda a certeza, porém são as nossas escolhas e o aprendizado que disso vier que determinarão o roteiro dele.
Que 2010 seja um novo roteiro. Abraços.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Pai nosso

O Pai nosso é mais que uma oração. É uma verdadeira e poderosa reflexão entregue pelo Mestre Jesus, para que possamos harmonizar o espírito, a consciência e também a matéria.
Não é protocolo a ser seguido, pois perde todo o sentido quando simplesmente repetimos palavras. Sentimentos e emoções, longe de serem tocados pelo som de algo decorado, gritam em profundo silêncio o som que esquecemos de ouvir.
Se neste momento você é incapaz de entender as inquietudes da sua alma, tente fazer sua própria oração, seu pedido de ajuda, seu pedido de justiça.
Quando entendermos que estamos juntos, e que juntos somos todos um, ficará fácil reconhecer o outro como irmão e que na unidade reside a força da união. Sendo uma só voz, diremos algo assim:
“Pai nosso que está no céu, e não somente naquela cruz de sofrimento e dor que ao longo dos tempos pede, inutilmente, que todos os homens se dêem as mãos. Pai nosso, que está em algum lugar, te faz novamente homem. Vem para guiar-nos, pois necessitamos do teu divino exemplo.
Pai nosso que está, em essência, dentro de cada um, quase que petrificado como nas imagens, quando deveria ser arrancado da cruz e abraçado.
Pai nosso que está acima de nós, recebe os nossos pedidos, e já que vieste por amor aos que neste mundo ainda carregam suas cruzes, segue iluminando com tua imensa luz a terra. Peço-te, por todos os homens que se arrastam como vermes, pelos tantos que pensam poder tudo, pelos inúteis e prepotentes governantes do mundo, pelos fracos que ante ao dinheiro se ajoelham servilmente, por aqueles enraivecidos, por aqueles que te ignoram ou te recusam, piedade.”

Já era tarde, naquele 24 de dezembro. A noite reinava, rodeada de estrelas e uma triste música murmurava repetidamente uma súplica, um sonho, um desejo. Era a minha alma que continuava a clamar num grave silêncio:
“Pai nosso, onde quer que estejas, tem piedade dos humildes, dos que sofrem, dos que imploram, dos que choram e dos que não conseguem chorar. Piedade dos que não conseguem amar. Pai nosso que está bem perto de nós, Cristo nosso, aqui estamos, cada um achando que tudo sabe, e que nada mais precisa aprender. Por nossos muitos e repetidos erros, perdão Pai.”