Como posso me queixar das coisas que escolhi ser ou das pessoas que escolhi ter ao meu lado, quer para o meu aprendizado, quer para a dissolução das mágoas, quer para a prática do amor, quer para o pedido de perdão ou simplesmente pelo exercício do livre (mas nem sempre responsável) arbítrio?
Eu escolhi o meu pai, minha mãe, meus irmãos... diante das dificuldades pelas quais precisaria passar, “escolhi” também o meu modo de vida. Se bem que esta escolha estava mais para aceitação. Fazia parte.
Muitas outras coisas eu venho escolhendo desde o evento “nascimento”. Então, como posso me irritar ou ficar bravo com tudo isso? Eu escolhi não olhar para mim como um todo – corpo e espírito. Também escolhi a desarmonia como meio de vida, e com isso acabei escolhendo as doenças, cada uma delas. Por tabelinha, acabei optando por engolir cada um dos “não sei quantos” comprimidinhos receitados pelo médico... O próprio médico, fui eu quem escolhi, e ele não faz a menor ideia que ao prescrever aqueles antidepressivos também acabou entrando no meu carma, atrasando não só a minha evolução como também a dele, pois foi co-responsável por toda essa apatia e desgraça que ronda a minha vida, muito embora permanecer assim é mais uma das minhas muitas e tristes escolhas.
Somos, em última análise, co-criadores das vidas que cruzam nossas vidas, pois nada é por acaso e uma existência nada mais é que um conjunto finito de dias, iguais aos de hoje. Já consigo até “pré-ver” algumas pessoas rindo disso. Não me surpreendo. Todo este material deverá ficar em algum arquivo de alguma biblioteca, escola ou algo parecido. Além disso, também está lá na minha página eletrônica, para quem quiser dar uma olhada. Todas as colunas, desde a primeira, em jun/2008. Um dia isso fará algum sentido para você. Vale lembrar que o local geográfico onde moramos (energeticamente denso, por vários fatores) e a cultura local não favorecem um abrir de consciências, embora a época atual implore por esta abertura. Brincar de viver não nos serve mais. É hora de frear o ritmo de vida para uma análise mais profunda, superar e crescer nas várias dimensões que se apresentam.
Afinal, a culpa é de quem? (olha só a mentira):
A culpa é de todos, menos minha. Ao acessarmos experiências terrenas anteriores, ficaremos perplexos pelo exagerado número de vivências semelhantes a esta. Oportunidades para as necessárias mudanças não faltaram. Somos velhos repetentes nesta escola. Porque ainda não aprendemos as coisas básicas que nos foram passadas? Seria falta de vontade, uma vez que a falta de oportunidade está definitivamente descartada? Exatamente o que faz com que sejamos assim, tão passivos para certas coisas e tão “águias” para outras tantas?
A oportunidade está aí, bem diante de nós. Em essência, não somos aquilo que escrevemos nos nossos rótulos, apenas servimo-nos de conceitos ultrapassados, fórmulas inadequadas e experiências alheias inúteis ao aprimoramento da alma.