"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Processos

Certa vez eu comentei o quão desafiadora é cada uma destas colunas. É preciso repensar cada palavra escrita para evitar os choques, os confrontos diretos e a velha mania minha de cutucar com vara curta.
Trazendo este raciocínio para o cotidiano quase nada muda. Preciso fazer um razoável esforço para não dizer tudo aquilo que penso ou coisas que as pessoas daqui ainda não querem aprender. Tenho que aceitar o fato de que o outro tem o livre arbítrio muito presente, quase que amalgamado no seu jeito de ser e fazer as coisas, e usar isso como aliado no processo terapêutico. É bem mais fácil reconhecer a ameaça quando ela está próxima. Parceiro fiel em todas as suas decisões, certas ou não, justas ou não, o livre arbítrio é o guia que nunca sofreu um recall. É direito do ser permanecer como está. E a mim, o que cabe? O dever de ajudar somente quando solicitado.
Cabe a cada um de nós o necessário respeito à velocidade e à capacidade que cada ser carrega em si, para aprender sobre tudo aquilo que é invisível aos olhos físicos: espiritualidade, transmutação, lei do carma, jornada, doenças psicossomáticas, medos, tensões, estresse, ansiedade, doenças de origem emocional, reencarnação, desarmonias, umbral, etc.
Outro dia, em um infeliz início de conversa, eu tentava explicar como é este trabalho que o mundo espiritual desenvolve, usando pessoas comuns que apenas servem de mero instrumento e nada mais. Você precisava ver a cara da pessoa – não entendia nada. Ignorância total diante de palavras tão simples.
Eu já havia escutado várias vezes a pergunta: Qual mesmo a tua formação? Você é psicólogo? Lá pelas tantas, percebi ter sido salvo pelo estômago – não o meu, mas o dela. Precisava saciar sua gula e era nítida a tortura mental que os ‘comes e bebes’, na iminência de que fossem terminar talvez (somente no imaginário dela), exerciam sobre aquela criatura. Nada melhor poderia ter acontecido, para minha rápida salvação, pois já não aguentava mais ficar ali, embora precisasse terminar aquilo para não sair com a imagem de um lunático ou algo parecido. Às vezes é assim mesmo, somos salvos não pelo gongo, mas pelas circunstâncias. Enquanto as mais recentes descobertas vão trazendo-nos pequenos raios de luz ao que antes era apenas sombria desconfiança e experimento da ciência, o plano espiritual nos brinda com um vasto espectro de luzes e de informações a cada insight, a cada silenciar de pensamentos, a cada gesto de busca da verdadeira essência interior. Quem quiser que veja, apenas fechando os olhos.
Preste um pouco de atenção naquelas coisas que se repetem negativamente na sua vida... pensou? Em quantas delas você com o seu jeito de resolver as coisas já conseguiu resultados satisfatórios?
O bom das terapias multidimensionais é poder sonhar com o bendito dia em que poderemos andar pelas próprias pernas, abandonando as tradicionais “boletas”. Cuide melhor da sua vida!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Pausa para aprender

Acontece com muita frequência entre os seres em evolução. É o momento de reduzir a marcha, firmar as mãos ao volante da vida (ao menos nos trechos em que a vida depende quase que unicamente dos atos de quem a abriga), sabendo que todas aquelas turbulências que acontecem aqui ou lá não sei aonde e na casa do vizinho também, podem afetar a minha vida, que é super bem guardada e bem resolvida. “Eu me resolvo”, diz uma amiga minha, diante de um dos tantos momentos desagradáveis que testam nossa capacidade de enfrentar as mazelas diárias que nós mesmos criamos (ou permitimos que a situação se forme), alimentamos e educamos ao nosso modo, segundo nosso jeito “burrinho” de olhar a vida como pensamos que ela seja e não como oportunidade de fazer algo diferente, novo, bom e permanente pela alma, que é a essência imortal de todos os seres.
Pensamos (quando estamos dispostos a tal) que corpo e espírito são separados e independentes, e assim conduzimos apenas um – o corpo, achando que do outro Deus cuidará sozinho. Pensando assim é que acabamos descuidando de tudo: corpo, alma e Deus. Tão difícil foi nascer, se criar e chegar até aqui onde tudo parece tão material e sólido. Tão fácil foi esquecer que somos filhos, seres espirituais com missões na terra e que trazemos na alma uma mala e tanto de coisas vivenciadas em outras vidas, além de um rol de afazeres. Tudo em nome do progresso do invisível, afinal de contas, como diz aquele pitoresco apresentador da gastronomia: “voltaremos”.
Sim, voltaremos sempre que deixarmos as lições por fazer, pois não foi este o combinado. O correto seria reencarnar para aprender e corrigir os erros, mas eis que o livre arbítrio é algo muito interessante e diante de poderosa e ilustrada literatura, entramos no personagem e nos achamos “o cara da hora”.
...[pausa no texto] Acho que já escrevi sobre isso, afinal, é quase impossível lembrar frases construídas ao longo do tempo tendo como foco sempre a velha questão: nossa evolução interior. Em 75 colunas já publicadas aqui, torna-se difícil evitar repetições de pensamentos que se traduzem em palavras escritas pelo coração. Mas a pausa no texto não veio sozinha. Hoje é quarta e a manhã está cinzenta. Um ruído do lado de fora me distrai por alguns instantes. Para um desavisado poderia não ser coisa alguma, mas ao olhar para o céu gris, um pássaro faz uma revoada interessante, seguida de um solitário estender de asas, planando em círculo suave, antes de pousar no gigante pinheiro da GAP, evocando momentos distantes que a mim, pelo que sei e recordo, não pertenceram, ao menos nesta vida, mas que recém hoje sou capaz de entender toda poesia e magia viva de El condor pasa. Aqui não há espaço, mas no blog está a fotografia da ave pousada sobre o primeiro galho do pinheiro. Para alguns, nada de especial.
Outro dia nos encontramos, aqui ou em alguma outra dimensão. Fique bem.

sábado, 13 de agosto de 2011

UM DOMINGO DE TODOS, INCLUSIVE DOS PAIS

Desejo a todos um domingo com muito Amor, Paz, Carinho, Sabedoria, Humildade, Perdão, Compreensão, Superação, Luz e Felicidade...
Que saibamos fazer de cada dia, um Feliz Dia dos Pais, das Mães, dos tios, dos avós, dos bisavós, dos irmãos, dos namorados, dos cunhados, dos padrinhos, dos amigos, dos colegas de aula e de trabalho, dos trabalhadores, dos estranhos... enfim, de todos nós, simplesmente irmãos de caminhada.
Que possamos, antes de qualquer coisa, perceber que estamos vivendo a cada dia, seja o dia de quem for, uma nova chance, uma outra chance para rever nossas escolhas e atitudes, na incessante busca por um dia de tranquilidade, plenitude, amor e paz.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Retorno

Sabe aqueles rótulos que comentei na edição anterior? Conseguiu identificar algum deles em você? Não? Ok, não há uma necessidade de sair forçando qualquer análise, se bem que as cobranças quase que diárias que sofremos por conta desse nosso “atraso” nos impulsionam para dentro de corredores confusos, verdadeiros labirintos de pensamentos inquietantes. Tudo isso porque não conseguimos ver a situação de cima, ou de fora. Se conseguíssemos visualizar um labirinto do alto, que fácil seria. Traçaríamos um caminho e pronto. Com um certo ar de conquista fácil, lá estaríamos nós, sem que uma gota de suor brotasse ou alguma lágrima rolasse rosto abaixo. Lembrei agora daqueles que dizem: “Eu não nasci para passar trabalho”, julgando ser uma derrota cada passo mal dado, onde o corredor escolhido acabou no vazio da parede fechada do labirinto. Eu costumo dizer que não existem derrotas, mas sim experiências. Algumas são coroadas de pleno êxito, outras nem tanto. Mas existem aquelas que exigem de nós uma pronta resposta ante o péssimo sabor do insucesso. Assumimos inconscientemente o rótulo da derrota. Odiamos perder. Detestamos errar. Não aceitamos a perda como lição. Julgamos estar em desvantagem por conta disso. Tudo errado. Apenas nos contaminamos, mais uma vez, com o denso jeito de se viver aqui na terra.
Qual a partezinha que você não entendeu que somos seres espirituais com missões terrenas? Não temos as mesmas velocidades, o que não significa que os mais aceleradinhos são os melhores. De modo algum. Apenas temos missões diferentes, energias que mudam e atuam de diferentes formas e em diferentes níveis ou dimensões, a todo o instante. Porém, estando aqui na terra, nesta casca que se chama corpo (denso) físico, com todos estes rótulos que colamos em nossas testas ao longo das muitas vidas, – sim, várias vidas, pois já está mais do que na hora de começarmos a falar sobre isso – precisamos continuar o aprendizado espiritual que nos foi dado no astral e que caprichosamente esquecemos. Bem, na verdade não esquecemos, mas isto é uma outra história. Precisamos, hoje, retomar o único caminho favorável a seguir, não importando a velocidade daquele pessoal do lado. Necessitamos continuar trilhando o caminho da evolução. De novo isso? Ah..., sempre e cada vez mais, até cair a ficha.
O dia em que começarmos a nos livrar destes rótulos reluzentes e relutantes, de mil efeitos visuais e colaterais, será o marco pessoal de uma nova era espiritual, onde a falsidade, o egoísmo, a mentira, a arrogância, a falta de humildade, a prepotência e a avareza não terão onde se abrigar.
Termino a coluna com uma citação da semana passada. Algumas frases certamente se repetirão vez ou outra. “Rótulos velhos e obsoletos para um mundo que já está repleto deles”. Basta. Não nos servem. Não queremos mais. Somos seres espirituais...
Um ótimo final de semana!