"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Rótulos... até quando?

Procurando sempre e cada vez mais desfazer-me dos meus, observo nas ruas da cidade um número absurdamente grande de pessoas que se abraçam aos seus numa tentativa de não perdê-los, sob pena de sofrer uma crise de identidade, talvez.
São rótulos que carregamos conosco há muitos anos. Na maioria das vezes, muito antes do evento nascimento. Velhos feitores dessa nossa escravidão.
Rótulos velhos e obsoletos para um mundo que já está repleto deles. São os rótulos do início do século que nos foram passados por cruel herança. Bravos herdeiros sempre sobreviverão às lutas diárias, mas a que preço? São os rótulos dos grandes massacres em nome da civilização, da religião e das reviravoltas do poder. Rótulos sangrentos que hoje nos induzem a uma guerra silenciosa, onde o “eu posso mais” quer se fazer notar, não importando quem fica sob a sola da bota. Rótulos que coagularam ao longo do tempo e que ainda guardam em si um sinistro sabor de vitória que somente o sangue do outro, quando derramado, é capaz de proporcionar. Tão fácil matar, ferir, e ainda sair ileso, graças aos tantos rótulos que insistem em cegar nossos irmãos conhecedores das mazelas de um código penal terreno ultrapassado.
Rótulos de puro egoísmo e prepotência para um mundo onde os valores espirituais batem em nossa porta com um bastão de beisebol. Mas parece que ninguém parou para perceber tudo o que acontece do lado de fora do seu umbigo. Não sabem eles que praticam diariamente os malabarismos de uma única corda bamba, prestes a se romper: a sua própria.
Rótulos mentirosos e ardilosos para um mundo que clama por justiça, lealdade, reconhecimento e acima de tudo: verdade. Estes, infelizmente, parecem mais resistentes que os demais. Culpa de quem?
Rótulos de arrogância para um mundo que não aguenta mais sustentar seus fracos e espiritualmente falidos filhos. Haverá no final de cada túnel uma luz brilhante sempre pronta a iluminar os corações que para ela se abrirão.
Rótulos de ignorância para um mundo que nos dá tudo aquilo que precisamos para uma existência plena e feliz, rica em sabedoria e aprendizados.
Rótulos tarja preta que impedem nossa evolução através do enfrentamento e da corajem de sermos nós mesmos, limitando-nos a uma vida vazia, de dependência química e um bem-estar forjado. Uma vida sem os nobres temperos: harmonia, felicidade, paz de espírito, crescimento, amor próprio, etc.
Rótulos de vítima que nunca fomos, diga-se de passagem. O que acontece, em rápidas palavras, é que não percebemos onde precisamos melhorar e o quanto melhorar para um real e justo enfrentamento das cobranças que nos são impostas a cada instante, diariamente e por toda a vida.
Rótulos de melancolia e tristeza por pensarmos que jamais seremos merecedores das bênçãos que querem invadir nosso ser, nos tornando pessoas mais felizes e capazes.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

P-M-G

Jamais encontraremos a paz se não estivermos em comunhão com a força criadora que permitiu estarmos aqui nesta experiência terrena. Agradecer este momento chamado vida, estar vivenciando todas estas etapas humanas e ser grato a tudo isso é um gesto de profunda inteligência.
Algumas pessoas imaginam que a paz está logo ali após a morte, o descanso dos justos e oprimidos. A paz está bem aqui, dentro de cada um de nós, e só não a vivemos intensamente porque descuidamos de dar ao nosso consciente o tratamento que ele espera e exige, e nós sabemos que quem nos conduz é a nossa consciência. Portanto, buscar a paz onde ela não está é um ato de insensatez. Imagina esperar a morte chegar para ver a paz de perto... A viagem que devemos fazer para encontrar essa sensação de tranquilidade é a mais barata que existe e não exige a necessidade de passaporte, pois essa curta viagem dura apenas um instante, o tempo necessário para dizer a nós mesmos: “Vou entrar na minha vida e despertar meus valores adormecidos e esquecidos.”

Ontem assisti na televisão (Jornal do Almoço de 02/11) pacientes hospitalizadas com câncer já em fase terminal, agradecidas e ainda agradecendo pelo dom da vida, por cada novo dia que amanhece, como quem vê além deste ábaco dos últimos dias, um meio de louvar o milagre da existência. Não teve como a apresentadora Rosane não se emocionar. É a vida na sua forma mais verdadeira: frágil. Evidenciada pela telinha, comove a quem tem nas emoções uma válvula de escape. Sabe aquelas pessoas que trancam o espirro achando que assim praticam a boa educação? Há os que trancam o choro, também. Segurar as lágrimas não nos leva a lugar algum e chorar até que seque o rio das emoções também pouco ajuda. Agradeça tudo aquilo que acontece com você, de bom ou ruim. Parece um tanto estranho, não é? Acredite, é mais simples do que se imagina.

É apavorante a certeza da nossa ida. Muitos sabem que a morte é exatamente isso – um ritual de passagem (somente de ida) para algum lugar não físico e bem distante daqui. Sabedores, pero no mucho. De absolutamente nada eu tenho a certeza. Estou realmente aqui? O que é a matéria e o que é a realidade? E se isso tudo for apenas uma projeção da minha mente? Vai saber... Será que ao viver de certa maneira já não estou ensaiando minha dolorosa e lenta morte? Se puder, pense a respeito.

Tudo o que você ler aqui, escrito por mim, são velhas pérolas da obviedade. É interessante como todos sabem disso. Outro dia alguém comentou que “é cópia de livro de auto-ajuda”. O jeito é rir, já que não consigo sentir pena. Minha formação não permite. O dia que eu sentir pena de alguém já não poderei mais ajudar. Pois bem, todos estes conceitos que você já está “careca” de saber, são mais que pérolas, já se tornaram diamantes que há séculos habitam e abrilhantam certas dimensões.
Agradeça sempre por tudo aquilo que nos rodeia e nos ensina, pois estamos aqui também para isso, para aprender. Lembra daquela coluna (15/10) sobre o perdão? Se você já começou a praticar, será bem mais fácil agradecer. Quem descobrir o que significa o título ganha desconto na consulta. Abraços.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Motivos para não ser rebelde

Nossas alegrias (mesmo que escassas)
Nossos pais (e o porquê de serem)
Toda a nossa família terrena
Nossa encarnação atual
Nosso crescimento interior
Nossa grande comunidade espiritual
Nossas experiências que deram certo
e aquelas que não deram certo, também
Nossos irmãos daqui e de lá...
Nossa estrada de suor, quedas, poeira e sol
Nossa capacidade de ser e estar
Nossa terra, nosso chão, nosso lugar comum
Nosso lar
Nossos oceanos, nascentes, rios e lagoas
Nosso céu... de azul ou de estrelas
Nossas árvores e todo o verde que nos rodeia
Nossas músicas (aquelas que tocam na alma)
Nossas cartas escritas
e todas aquelas que jamais escrevemos
Nossas escolas e nossos mestres
Nossos momentos de oração
Nosso olhar direto
Nossa língua contida
Nosso pé direito, e o esquerdo também
Nossas mãos, sempre abertas na direção do sol
Nossos braços estendidos para o irmão
Nossa coragem, mesmo que de iniciante
Nosso confiança na força do universo
Nossa crença em uma força criadora
Nossa satisfação em poder ajudar
Nossas boas intenções
Nossas extraordinárias ações
Nossas bagagens milenares
Nossos pilares de caráter e sabedoria ancestral
Nossos amigos verdadeiros
Nosso trabalho honesto
Nossa humilde condição terrena
Nossa insistência em querer se curar
Nossa mania de querer amar
Nossa porção materializada (corpo físico)
Nossa porção maior, não material (espírito)

EM BUSCA DO CRESCIMENTO
Você pode estar vivenciando períodos de grande inércia espiritual, e ninguém explica isso com muita clareza por um simples motivo: não há interesse. Minha “pretensão” não é a de fazer você mudar, ou de provocar os outros até que percam a razão ou se esqueçam dos “princípios básicos da convivência”, de jeito algum. Cada macaco no seu devido galho, para o bom equilíbrio na grande árvore da vida, e de preferência evitando quebrar qualquer coisa, seja o galho do vizinho, a mão ou a perna. É que ainda tem gente nessa fase, eu sei. Por Deus e por tudo aquilo em que você crê (ou pensa que crê): que tal parar para reavaliar? Ou quem sabe mudar para diminuir esse ego inflado? Isso aí vira síndrome do peito de pombo. Afinal, quem você “pensa” ser ou que poder você “imagina” ter? Lembra-se da coluna anterior? Eu me adiantei. Antes, precisamos parar de piorar. Passo seguinte: CRER que podemos MELHORAR.