"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Máscaras

São 07h43min de uma terça-feira muito apagada. Fechada em si mesma como tantos e tantos rostos que vejo na rua. Porque escolhemos ser assim?
Diferente, público e íntimo ao mesmo tempo, polêmico talvez e um tanto delicado para escrever é o texto que agora começa. Por vezes você sentirá, entre um parágrafo e outro, que uma pausa foi feita. Muito mais necessária do que se possa imaginar, ela precisa acontecer no nosso dia-a-dia também.
Alguém já percebeu o quanto pode ser ruim o modo como você se coloca diante dos demais a sua volta? Um rosto fechado acaba “fechando” não apenas portas, mas janelas também. Que benefício traz um rosto triste e desolado? É o papel de vítima que queremos para nossas vidas? Penso que não.
Se ando de bem com a vida, outros pensarão que está bem demais até, e a inveja será lançada.
Ficando triste, zombarão do meu fracasso. Em raras ocasiões sentirão pena de mim. Quero isso?
Já me disseram – e não foram poucas vezes, que muitas pessoas andam assim na rua porque absorveram o “jeito de ser” de outras. Ah, tudo bem, até entendo esse processo, mas a indagação, ou melhor, a indignação continua. Por que?
Desisto. Começo, então, a falar o que muitos (infelizmente) entendem como linguagem universal, não é? Derrota diante das coisas que tentam assolar nossa vida é uma das bandeiras que temos defendido. Revestida de uma desculpa qualquer, é uma das tantas máscaras que colocamos diante do rosto para encobrir a falta de coragem que temos para enfrentar desafios. Eis a máscara, de um peso sem igual, que para sustentá-la ainda precisamos erguer o nariz. Resultado: é aquilo que se vê todos os dias, a qualquer hora, onde quer que se vá.
“Capaz”, dirão alguns. Diante do espelho talvez você tenha essa confirmação. Espero que não.
Andamos armados, disfarçados, escondidos, covardemente mascarados diante da vida. E ainda defendemos tais posturas. Homens forjados na falta de humildade. Essa é a têmpera.
Quanto ao tempo fechado, finalmente está abrindo. Mais que um sol, temos um exemplo de vida aí fora, tentando nos fazer entender algumas pequenas coisas que podemos usar com sucesso nesta curta viagem. Texto pesado? Não mais que as máscaras. Até a próxima.

... continuando

Recordam o último texto? Na edição de nº 56 (15/08), citei algumas interrogações que fazemos a nós mesmos. Deixemos lá, pois assim lembraremos, vez ou outra, que elas existem. Como diz o comercial da tv, “não são as respostas que movem o mundo, mas sim as perguntas.” É mais ou menos por aí, sem querer parafrasear. O fato é que quando achamos que sabemos todas as respostas, vem a vida e troca todas as perguntas.
Aqueles por quês são seus. Dependerá única e exclusivamente das suas ações cada resposta que chegar até você. Tudo interligado com situações que te propiciarão alguma espécie de aprendizado, desde que saiba “ver” por esse lado. Muitas coisas, frutos daquilo que você mesmo plantou, ou permitiu que fosse plantado, nesta dimensão ou em “outra”. Tanto faz, é assim que “acontece” nossa jornada.
É bem assim que levamos nossa vida. E para que mais depressa passe – pois afinal de contas, é uma perfeita droga, a julgar pelo modo como a maioria vive, encobrimos questões não resolvidas, tais como amor, ódio, receio, mágoa e perdão.
Sempre foi mais fácil e prático olhar a sujeira do quintal do vizinho. Outros elogiam (ou invejam) a bela grama da casa em frente, como que buscando uma explicação para a ausência dos pássaros no seu próprio jardim. Ora, a quem estamos tentando enganar? Que “raios” o outro me fez que eu não consigo parar de me preocupar com sua vida? Mesmo imóvel, sigo seus passos como se os meus já não mais existissem. Talvez, lá no fundo eu seja mesmo parecido com ele, carregando seus piores defeitos, também. As escolhas são suas, sempre.
Ao seu alcance, você tem riquezas infinitas. Abra seus olhos e veja tudo o que há em você. Irão aparecer coisas boas que nem lembra mais, Alguns defeitos aparecerão, também. Aprenda com eles.
Muitas pessoas vivem totalmente fechadas para um potencial tangível, existente dentro de cada um.
Uma peça de ferro, quando imantada, levanta inúmeras vezes mais seu próprio peso. Porém, sem a magnetização, não erguerá uma agulha sequer.
Assim somos. A menos que os motivos sejam as “broncas” do passado, é o péssimo hábito que temos, o de deixar que o julgamento superficial das coisas sirva de guia para o nosso “hoje”. Trate melhor, com mais amor e dignidade a sua própria vida. É o seu motivo maior. Um forte abraço.