"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein

quarta-feira, 31 de março de 2010

Adolescência - II

Falando mais claramente sobre desdobramento de personalidade, o que justifica o fato de que nem sempre o doente é o doente, quero salientar que a Apometria é uma técnica ideal para ser utilizada com pessoas. A finalidade maior é tratar pessoas, e não espíritos. Porém, algumas ferramentas podem e devem ser utilizadas no tratamento espiritual.
Quando disse que muitas vezes a questão é o adulto e não o filho, alguém deve ter pensado que eu estava defendendo o jovem ou a criança. Não é nada disso. Defesa e justiça são palavras fortes, de entendimentos diversos. Preocupa-me o fato das crianças de hoje virem com personalidades adultas aflorando rapidamente, o que torna o convívio muito difícil, pois elas insistem em um comportamento adulto, e isso nada tem a ver com a ausência de outras crianças à sua volta, como muitos pensam. São mudanças ocorrendo de forma muito rápida, e que pedem urgentemente – em cada situação, graus de entendimento distintos. Uma infância com compreensão reflete uma adolescência sadia.
Ao falar em dissociação de consciência, estou entrando novamente no mundo daquelas coisas que a maioria ainda não entende, ou prefere não entender, pois é mais fácil permanecer alienado(a), cego(a), distraído(a), “grog”, tanto faz. Precisamos deixar de lado esses papéis de vítimas, que não somos. Estamos numa espécie de “escola-colônia” chamada Terra. O desejo maior do ser será sempre a felicidade, que jamais existirá sem aprendizados. É para isso que estamos aqui. Para amar, sonhar, para “fazer bonito”, para realizar ou obter coisas que para muitos seriam impossíveis, mas que ao fazer, provamos que o impossível não existe. “Por não saber que era impossível, foi lá e fez. Depois que soube, jamais conseguiu”.
Venho imprimindo às minhas colunas um novo perfil, nada contra aquele modelo “auto-ajuda” que por mais de 40 edições (e não por acaso), chegou até você. Este é o 50º texto que eu escrevo para o Tribuna, desde a 1ª edição, em 12-06-2008, mas o momento pede algumas mudanças, e estas também precisam estar presentes até mesmo nas coisas mais sutis, como as que nos tocam direto na alma. Dentro desta nova etapa, me sinto inclinado a falar de coisas um pouco mais complexas, não esquecendo de que a receita ideal continua sendo a simplicidade. Obrigado Tribuna, obrigado leitor.

sábado, 27 de março de 2010

Adolescência - I

Foi um novo cliente, um jovem de 15 anos, com tantos e tantos questionamentos comuns à idade, que me levou a escrever a coluna de hoje. Gostaria muito que todos os jovens iguais a ele tivessem o discernimento necessário para perceber o quanto nós adultos, dentro da nossa incrível prepotência madura, nos deixamos levar pelo fato de hoje – já crescidos e “evoluídos”, pensarmos saber tudo.
Quero repetir aqui, para que fique registrado também em papel, pouco do tanto que lhe falei na tarde de terça-feira. “Teu caso não é diferente dos tantos casos que há por aí. Eu próprio, com a idade que hoje tens ... (pausa) esquece, meu amigo, eu cresci e já não me recordo mais de como lidei com tantos sentimentos. Entende o que é ser adulto?”
Hoje, já quase com 45 anos, percebo o quanto nós pais falhamos nesta nossa missão terrena. Não fosse por um “diálogo interior”, certamente eu me incluiria nas fileiras que serpenteiam mundo a fora, repletas de adultos “donos de si”, que pelo tom alto de voz, impõem sua cega e violenta arrogância, e mais contraditórios ainda se revelam ao dizer que também já foram adolescentes. Sim, é verdade, foram, mas a herança que perambula pelas ruas nos mostra claramente o quanto deixamos para trás o nosso EU CRIANÇA.
Engraçado que, para piorar tudo isso, ainda há a turma que insiste em tratar essas questões com anti-depressivos ou calmantes. Por favor, respeitem a integridade espiritual destes que poderiam ser seus próprios filhos. Mas até nesta circunstância eu já vi pais errando e errando cada vez mais, jurando estarem corretos. É o tal do “eu sei mais”, não é?
Muitas vezes quem precisa de ajuda são os próprios pais que, tendo algum controle sobre seus “fantasmas do passado”, impedem, de algum modo, que isso se manifeste livremente no momento atual de suas vidas, porém, esquecem que no canto da sala, jogando vídeo-game ou fazendo alguma coisa qualquer, está alguém com tantas dúvidas quantos espinhas, “prato predileto” das formas-pensamento do adulto pai ou mãe que, pelo desdobramento de personalidade de um destes ou de ambos, acabam vitimando o próprio filho, que pela pouca idade, possui um grau maior de sensibilidade. (continua)
É sempre um ato de profunda fé, coragem e desprendimento estar aqui, desafiando você a ver outras coisas, ampliando um pouco sua percepção.

quarta-feira, 17 de março de 2010

"A hora é essa."

Em virtude da cara sequência de um curso que inicia este mês e se estende até 2011, avançando mais uma etapa nesta importante área da minha vida, organizei alguns horários para atendimentos onde você pagará muito pouco por uma terapia reconhecida no mundo todo como a terapia de um novo ser. O ser que busca não fora, mas dentro de si mesmo respostas para sua evolução pessoal, suas buscas, seu crescimento de espírito.
As dificuldades que surgem a cada novo curso, quer pelo desgaste físico devido aos longos deslocamentos, quer pelos custos, são grandes.
Trabalhar com terapias que muito pouco podem contar com algum incentivo da medicina tradicional já é um grande desafio, imagina então fazer isso numa cidade como Uruguaiana. Aqui há quase nada de abertura de consciência para isto. Existe sim, abertura de carteiras para custear tratamentos de um corpo doente. Porém, “graças” a essa pouca abertura de consciência, existem alguns horários de atendimentos ainda não preenchidos e que gerarão oportunidades de atendimento a custo baixo. Excelente chance para você cuidar mais de si.
Conheço as várias dificuldades (financeiras, principalmente) pelas quais as pessoas passam, e até adoecem por isso. O fato de não ter a quem recorrer em momentos de angústia, tristeza, temor ou aflição, leva uma pessoa a um quadro ainda pior, fazendo com que fique depressiva, coisa que não ajuda muito naquela hora. Há ainda momentos em que a própria vida parece estagnar. Se você acessar a internet, no endereço que está abaixo, verá que desde 2008 foram escritos vários textos tentando alertar para sua qualidade emocional, através de palavras simples, porém escritas com muito zelo e dedicação. Agora, graças a um curso, e talvez não “por acaso”, chegou a hora da parte prática. Serão 15 pessoas que estarão incluídas em um primeiro momento. A continuidade dessas pessoas no atendimento de terapia considerará a qualidade do emocional de cada uma, fazendo com que permaneçam por mais tempo ou deem o lugar para outras que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer o bem que a terapia proporciona.
Envie um e-mail ou ligue. Vai ser um privilégio poder estar com você. Um grande abraço.

Caminho de pedras

“Quem quiser chegar à nascente, tem de nadar contra a correnteza.”
Muitas pessoas tem a consciência do quanto é importante crescer espiritualmente, e o tentam fazer de várias maneiras. Levadas por indicações de alguém, acabam chegando em algum lugar. Outras vezes, levadas pela própria intuição (mais raro) vão de encontro à sua própria alma, a sua essência.
Os meios que te levarão pouco importam, o que precisa acontecer é você acessar seu EU DIVINO, e lembre que todos nós estamos sob as estrelas. Você e eu precisamos crescer, talvez em diferentes aspectos, mas todos, sem exceções, precisarão desse crescimento ainda nesta existência.
Até pouco tempo eu pensava ser um brasileiro, pensava ser o Emílio, e pensava, também, que isto aqui era tudo. Isso gerava em mim uma espécie de aflição, pois sentia falta de lugares aos quais nunca havia ido, um tipo diferente de saudade de coisas ou momentos que não havia vivido nesta vida.
Você acredita que já teve uma vida anterior a esta? Não quero contradizer as informações dos teólogos cristãos, até porque não tenho interesse algum nisso. Sou católico pelo ritual do batismo e me considero, hoje, um espiritualista (não confundir com espírita – que não sou). Minha Fé está acima de qualquer coisa, muito acima de qualquer sistema de crenças. Agora, tomar para si algumas coisas como verdades absolutas, porque em determinada época isso era de suma importância a um específico grupo que tinha lá seus interesses, bom, isso já é outro departamento. Vamos com profunda calma e algum discernimento.
Ao som de Grieg, a coluna vai sendo escrita e o assunto vai sendo desviado sem estranhar algumas argumentações, por favor. É complexo adentrar certos conceitos sem que egos sejam feridos. Vivemos em um mundo de muitas contradições e inverdades, e para “piorar” tudo isso, vem a vida e nos propõe um caminho de pedras, pois pensamos ser apenas o que somos, quando na verdade somos mais. Hoje eu percebo que estou brasileiro e que, por alguma razão, estou Emílio. E o que isto me traz de aprendizado? O que preciso resgatar ou fazer nesta vida? Saindo, ou melhor, nem entrando no conceito vazio de que tudo isto é um processo meramente biológico, você precisa perguntar-se sobre quem realmente é e para que veio. Abraços.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Corpo saudável

Diferente do corpo “sarado”, o corpo saudável é a manifestação inteligente da saúde.
Com esta frase, quero fazer com que você veja a maneira como está tratando do seu corpo, de um modo geral, sem “invadir o campo” dos porquês.
Entrar ou estar em contato com o corpo requer uma maior sensibilidade. Algumas pessoas só percebem o corpo ou parte deste quando algo não vai bem. Surge uma dor de cabeça, então você sente o desconforto, indo direto para o analgésico, sem investigar o que está acontecendo. E mesmo que questione, talvez a resposta não venha assim de maneira tão direta e clara, pois você não está acostumado a isso, a dialogar consigo mesmo.
Mas existe quem faça isso? Sim, existe. Talvez você ainda não conheça alguém. Tantas coisas nós desconhecemos. Tantas coisas deixamos de ver.
Nossa vida é meia vida. Nossa felicidade mora na casa ao lado. Nossa paz, perdemos em alguma esquina. Somos o que disso tudo restou. Acredito que ainda é possível tentar resgatar essa essência profunda, que nos pede para sermos melhores do que hoje somos. Dê uma olhada em volta e veja o que fizemos e ainda estamos fazendo com a nossa casa, o planeta em que moramos. Humanamente já é impossível reverter tudo isso. Pois bem, ainda não satisfeitos, partimos rumo à autodestruição.
Mais do que nunca, precisamos nos observar, ficar atentos ao modo como estamos vivendo.
Check-up periódico em consultórios médicos é uma coisa, diálogo interior é outra, muito diferente, por sinal. Não há como comparar. Um leva ao tratamento da possível patologia. O outro busca a origem, o evento causador da desarmonia física.
Quando tudo está bem, você permanece alheio ao estado geral interno do corpo. Quando os sinais aparecem, seu contato, então, já não é com o corpo, mas sim com o sintoma ou doença, enfim, com algo que deu errado. A sensação de bem estar já não está mais presente.
Perdemos quase que totalmente a capacidade de manter contato e interagir com o nosso corpo quando estamos bem. Despertamos para este estado apenas na emergência. Se algo deu errado, então precisa ser resolvido. È preciso comprar um remédio. É preciso “tapar o sol com a peneira”.
Mais uma vez, foi um privilégio estar aqui.