"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein

sexta-feira, 22 de julho de 2011

P-M-G

Jamais encontraremos a paz se não estivermos em comunhão com a força criadora que permitiu estarmos aqui nesta experiência terrena. Agradecer este momento chamado vida, estar vivenciando todas estas etapas humanas e ser grato a tudo isso é um gesto de profunda inteligência.
Algumas pessoas imaginam que a paz está logo ali após a morte, o descanso dos justos e oprimidos. A paz está bem aqui, dentro de cada um de nós, e só não a vivemos intensamente porque descuidamos de dar ao nosso consciente o tratamento que ele espera e exige, e nós sabemos que quem nos conduz é a nossa consciência. Portanto, buscar a paz onde ela não está é um ato de insensatez. Imagina esperar a morte chegar para ver a paz de perto... A viagem que devemos fazer para encontrar essa sensação de tranquilidade é a mais barata que existe e não exige a necessidade de passaporte, pois essa curta viagem dura apenas um instante, o tempo necessário para dizer a nós mesmos: “Vou entrar na minha vida e despertar meus valores adormecidos e esquecidos.”

Ontem assisti na televisão (Jornal do Almoço de 02/11) pacientes hospitalizadas com câncer já em fase terminal, agradecidas e ainda agradecendo pelo dom da vida, por cada novo dia que amanhece, como quem vê além deste ábaco dos últimos dias, um meio de louvar o milagre da existência. Não teve como a apresentadora Rosane não se emocionar. É a vida na sua forma mais verdadeira: frágil. Evidenciada pela telinha, comove a quem tem nas emoções uma válvula de escape. Sabe aquelas pessoas que trancam o espirro achando que assim praticam a boa educação? Há os que trancam o choro, também. Segurar as lágrimas não nos leva a lugar algum e chorar até que seque o rio das emoções também pouco ajuda. Agradeça tudo aquilo que acontece com você, de bom ou ruim. Parece um tanto estranho, não é? Acredite, é mais simples do que se imagina.

É apavorante a certeza da nossa ida. Muitos sabem que a morte é exatamente isso – um ritual de passagem (somente de ida) para algum lugar não físico e bem distante daqui. Sabedores, pero no mucho. De absolutamente nada eu tenho a certeza. Estou realmente aqui? O que é a matéria e o que é a realidade? E se isso tudo for apenas uma projeção da minha mente? Vai saber... Será que ao viver de certa maneira já não estou ensaiando minha dolorosa e lenta morte? Se puder, pense a respeito.

Tudo o que você ler aqui, escrito por mim, são velhas pérolas da obviedade. É interessante como todos sabem disso. Outro dia alguém comentou que “é cópia de livro de auto-ajuda”. O jeito é rir, já que não consigo sentir pena. Minha formação não permite. O dia que eu sentir pena de alguém já não poderei mais ajudar. Pois bem, todos estes conceitos que você já está “careca” de saber, são mais que pérolas, já se tornaram diamantes que há séculos habitam e abrilhantam certas dimensões.
Agradeça sempre por tudo aquilo que nos rodeia e nos ensina, pois estamos aqui também para isso, para aprender. Lembra daquela coluna (15/10) sobre o perdão? Se você já começou a praticar, será bem mais fácil agradecer. Quem descobrir o que significa o título ganha desconto na consulta. Abraços.