"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tão perto de terminar e tão longe do final

 
Se por muitas vezes você se deparou com textos fáceis de ler e um tanto difíceis de compreender, hoje vai ser mais fácil ainda, sob todos os aspectos. Fácil de ler, do contrário você estaria apenas olhando as fotos, ou nem isso... infinitamente mais identificado com você, pois não vou escrever sobre o misterioso mundo interior que conhecemos tão miseravelmente.
Dos meus cinco sentidos, ou seis, um é motivo de queixa. Vem sendo afetado diariamente e não há o que fazer. Ao menos dá para continuar escrevendo e trabalhando, pois para isso não preciso tanto assim do já molestado ouvido físico, e como não conheço alguém para recorrer – aliás resta tão pouco destes meios que não saberia agora dizer algum. Coisa rara em tempos difíceis onde a única linha de raciocínio é orientada no sentido do TER mais, ao invés de SER mais... Tempos de correria e desespero. Recorrer a quem? Alguém está disposto a ajudar? Formamos uma corrente humana e só iremos adiante se nos dermos as mãos. Esta é a nossa função de elo.
Acaba de pass... espera aí, eu disse acaba? Não acaba... continua passando aqui na frente o “sujeito” que deveria estar preso. Acusação: atentado violento a audição. Mas como se defender se não há uma delegacia especializada neste tipo de violência, muito menos “vontade política” de se auto punir? Você precisaria de testemunhas, mas de que jeito se todos são vítimas? Uns, de forma mais queixosa, outros tantos cujos olhares passivos se distraem no folclore em que tudo isso se transformou, riem e comentam sobre o que mesmo? Nem eles sabem. Mais pra lá do que pra cá, seguem se equilibrando no carandiru.
Não quero ser acusado de antidemocrático. Muito pelo contrário, admiro o exercício claro, transparente, limpo e justo deste processo, embora isso faça parte de um plano “etérico”. Aqui na crosta a historinha é outra. Cuecas, gravatas, jatinhos, favores, mensalões e homens da capa preta... “nobres” de alguma corte. Bobos de um reinado vazio.
Afinal de contas, o que fazer com o ouvido? O tímpano já era. O registro policial, que seria mais ou menos assim: "a vítima trafegava no sentido bairro-centro quando por volta das 19:30h deparou-se com a viatura colorida conduzida pelo elemento com alcunha de “jingle”, o qual foi reconhecido como altamente inconveniente, desrespeitando, inclusive, hospitais e escolas..." esquece, não vale à pena. Já vai terminar. Pior de tudo não é o meu ou o seu ouvido, mas a inocência dos pequenos aprendizes, a fragilidade dos nossos idosos e a já confusa cabeça dos jovens. Falta discernimento mas sobram decibéis. Falta coerência e respeito com as palavras, mas sobram textos de efeito purgante, pra lá de ensaiados e números que já não queremos mais ouvir. Não aguentamos mais... ou aguentamos?
Poluição visual, sonora e intelectual já tem muita. E os pretensos futuros parlamentares nem sequer acordaram para a preocupação mundial com a natureza. Alguém viu o papel reciclado pelas ruas? E por falar em ruas, um abraço aos varredores. Viu só? Até já pareço um candidato. Meu número é...