O ideal não é aprender a lidar com o medo, mas começar a eliminá-lo da sua vida. Porém, como diz a desgastada frase, na prática a teoria é outra. As mudanças propriamente ditas poderão ocorrer em uns poucos segundos, mas todo o processo que levará você, desde a percepção da situação ou problema até àqueles minutos que antecederão as mudanças, poderá ser lento. Em rápida e cruel análise, dependerá apenas de você. Digo isso para que você aprenda a se proteger um pouco mais dos diagnósticos que já ouviu ou ouvirá por aí. E já não é a primeira vez que faço isso, mas pode ser uma das últimas, porque ficar só repetindo também desgasta a relação. Questione a origem de tudo.
Até que você encare as várias manifestações do medo de uma maneira mais “saudável”, vale à pena ir conhecendo este inimigo gerado dentro de nós mesmos. Conhecendo mais de perto aquilo que ameaça, mais fácil tornar-se-á a vitória ou, na pior das hipóteses, o não menos valioso empate. O que não pode acontecer é a derrota. O medo não deve vencer você.
DEVEMOS TER MEDO DO MEDO?
Dentre todas as emoções, há apenas uma que é realmente negativa. Já afirmava o Sr. Franklin Roosevelt: “A única coisa da qual devemos ter medo é o próprio medo”.
Sem medo algum, repenso. Devemos observar melhor os nossos pensamentos. Eles alimentam os nossos medos já estabelecidos e criam outros.
Pensando nas emoções que tem como origem o medo, posso citar a raiva. Ela é uma das reações do medo. Quando você está sob alguma ameaça e isso se traduz em medo de perder a vida, dinheiro, emprego, amor ou alguma outra coisa, você pode vir a reagir com raiva. A próxima vez em que sentir raiva, apenas pergunte a si mesmo o que você está com medo de perder. Qualquer que seja a situação, entretanto, você só tem quatro maneiras possíveis de reagir ao problema emocional:
1- Continuar assim, com raiva ou chateado, o que posso facilmente traduzir em suicídio, porém de uma maneira socialmente aceitável;
2- Reivindicar seus direitos, tentando encontrar uma solução positiva;
3- Afastar-se da pessoa ou da situação com um mínimo de alegria. Se você não agir assim, ainda permanecerá aborrecido e com algum componente novo na história: a mágoa ou a tristeza. Tanto faz, nenhuma delas irá contribuir positivamente para um final mais satisfatório;
4- Parar, aceitar e perdoar. Algumas (inúmeras) vezes precisamos reconhecer que não somos perfeitos e que os outros também não são, mas que o valor do relacionamento é maior do que os seus aspectos negativos e as suas limitações. Aprender a aceitar e perdoar verdadeira e incondicionalmente é uma característica de maturidade, de evolução.