"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein

terça-feira, 20 de julho de 2010

Prisioneiros da ignorância

Qual a competência que eu tenho para dissertar sobre coisas que não conheço? Nenhuma. E se for para parecer ignorante e medíocre, fico na minha, tentando me equilibrar da melhor forma possível sobre este carandiru gigante. Pessoal, nem tudo é “acadêmico”, por favor. Me pergunto sobre o que verdadeiramente aprendemos, não nas cadeiras da faculdade, mas na jornada do espírito? Pensamos saber das coisas, e o que sabemos é NADA diante do “todo” que insiste em passar diante dos olhos, pois a cegueira da mente impede o entendimento do real significado de estarmos aqui. Pena.

“Lamentável que seja assim”, dizia o título da coluna feita de quadrinhos, em substituição ao texto semanal, pois não havia vontade de escrever. O motivo, além de óbvio era também lamentável, porém de fácil entendimento. Hoje, mais do que antes, entendo as razões que levaram tanta gente de valor, e nas mais diversas áreas a ir embora daqui. Tamanha pressão não é para qualquer um. Aqui não basta ser do bem, tem que ter alguns dons a mais, uma estrela-guia muito poderosa, um excelente mentor espiritual, de preferência um planeta marte como regente, e talvez um bônus extra, como “sangue de barata”, por exemplo.
Também é óbvio – e isso até uma criança sabe, infelizmente existem pessoas que não realizam seus trabalhos com a seriedade necessária, seja na área que for, e aqui não vou cometer o erro de proclamar “minha área” porque aqui nada nos pertence, ainda mais nesta área que envolve outras faixas de dimensões. Seria muita pretensão.
Lembrei-me, neste momento, da antiga história do turista que ao visitar a morada de um monge, nas montanhas tibetanas, se depara com algo muito rústico, simples e sem mobília. O desavisado turista pergunta ao monge onde estão seus pertences, seus bens, ao que o monge sabiamente lhe pergunta: “E os seus?” O turista, sem muito pensar, diz ser o que é, apenas um turista, um viajante que ali está somente de passada. O monge lhe respondeu assim: “Eu também só estou aqui de passagem. Assim como você, eu também sou apenas um viajante, com vestes de prisioneiro.”

Vale repetir que em qualquer área de atividade humana (o próprio nome, por si só, já explica tudo – humana, portanto, passível de erros) existe aquele sujeito que “mancha” negativamente o tanto (pouco ou muito) que ainda existe de bom e que alguns conseguiram, abaixo de mau tempo, com muito sacrifício e doação, realizar.
Apelação não leva a lugar algum, pelo contrário, consome uma quantidade razoável de energia que poderia ser usada para fins mais nobres. Todas as tentativas que observamos a nossa volta para que algo de bom desponte ainda são tímidas diante do nosso orgulho, arrogância, egoísmo, prepotência e falta de humildade. Lamentável que sejamos assim.