"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Reiki e ciência

 
A coluna de hoje é a 60ª escrita por mim, e para celebrar, nada melhor do que publicar aqui um artigo sobre uma pesquisa científica brasileira que comprova os efeitos benéficos do reiki. Transcrevo parte do texto de 2007, antigo, porém interessante, publicado na revista Galileu – Ed. Globo.
Para entender as reações biológicas do reiki, o biólogo e pesquisador Ricardo Monezi testou o tratamento em camundongos machos com câncer. “O animal não tem elaboração psicológica, crenças, fé ou amizade/empatia pelo tratador. A partir da experimentação com eles, procuramos isolar o efeito placebo”, diz. Para a sua pesquisa, Monezi escolheu a terapia reiki entre as demais práticas de imposição de mãos por tratar-se da única sem qualquer conotação religiosa.
No experimento, a equipe de pesquisadores dividiu 60 camundongos com tumores, em três grupos. O grupo chamado “controle” não recebeu nenhum tipo de tratamento; o grupo “controle-luva” recebeu imposição com um par de luvas preso a cabos de madeira; e o grupo “impostação” teve o tratamento tradicional, sempre pelas mãos da mesma pessoa, durante 15 minutos, por 4 dias consecutivos. Depois de sacrificados, os animais foram avaliados quanto a sua resposta imunológica, ou seja, a capacidade do organismo de reagir e destruir tumores. Os resultados mostraram que, nos animais do grupo chamado “impostação”, houve uma sensível melhora no estado imunológico.
“Não sabemos ainda distinguir se a energia que o reiki trabalha é energia magnética, elétrica ou eletromagnética. Os artigos descrevem-na como ‘energia sutil’, de natureza não esclarecida pela física atual”, diz Monezi. Segundo ele, essa energia produz ondas físicas que liberam alguns hormônios capazes de ativar as células de defesa do corpo. A conclusão do estudo foi que, como não houveram diferenças significativas nos grupos que não receberam reiki, as alterações fisiológicas do grupo que passou pelo tratamento não são decorrentes de condicionamento dos animais ou efeito placebo.
A equipe de Monezi começou agora a analisar os efeitos do reiki em humanos. O estudo ainda não está completo, mas o pesquisador adianta que o primeiro grupo, composto por 16 participantes, apresenta resultados positivos, o que sugere uma melhora significativa na qualidade de vida e diminuição de sintomas de ansiedade e depressão”. O trabalho faz parte de sua tese de mestrado na Unifesp. A quantidade de pesquisas recentes sobre o assunto mostra que a ciência está cada vez mais interessada no mecanismo e efeitos das Terapias Alternativas, agora chamadas de Integrativas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Adapt. do texto de Bruna Bernacchio.
Estamos evoluindo, apesar de tudo. Abraços.