A terapia com florais foi desenvolvida na Inglaterra, na década de 1930, pelo médico bacteriologista e também homeopata, Edward Bach. Pesquisando flores silvestres, a partir de técnicas homeopáticas, obteve resultados satisfatórios em aplicação clínica. Desde então, passou a viajar por diferentes regiões do país a fim de pesquisar novas flores e testá-las em pacientes com diferentes queixas e de distintas camadas sociais. Reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde em 1976, os florais são indicados como bons auxiliares no combate às doenças psicossomáticas, auxiliares na dissolução de vários obstáculos psicoemocionais e excelentes colaboradores na recuperação da saúde. Quanto ao efeito preventivo que eles produzem, creio que nem seja necessário comentar. Reparou que usei a palavra auxiliar? Ninguém ou nenhuma terapia tem o poder de prometer cura, pois ela vem do nosso estado interior e tem tudo a ver com vivências, aprendizados e merecimentos. Digamos que você detecte, através da medicina convencional, alguma espécie de tumor e consiga tratá-lo a tempo. O mérito foi de quem? Seu ou da medicina tradicional? Depende, se o respectivo aprendizado aconteceu e com ele a cura física, o mérito é todo seu, com a importante colaboração da medicina terrena, porém, se semanas, meses ou anos depois tudo voltar como era antes, ou até mesmo pior, isentaremos a medicina e passaremos a questionar você e seus repetitivos (maus) hábitos de vida.
Tudo ao nosso redor carrega uma parcela grande de culpa, menos nós. Somos os “anjinhos” da história que nós mesmos escrevemos. Nada mais conveniente e comovente. Nada mais covarde.
Então, justamente para que possamos enfrentar de uma maneira mais saudável todos estes processos evolutivos, a vida nos brinda com várias alternativas, todas naturais, não invasivas, sem contraindicações e de baixo custo. O que fazemos? Dizemos que isso tudo não funciona ou é charlatanismo, picaretagem. E aí está um dos problemas das terapias: A ausência de conhecimento e reconhecimento. A ignorância.
Sinceramente, espero que as coisas mudem para melhor. Sinais disso já são esperados, pois a medicina ortodoxa vem caminhando (lentamente) neste sentido, ao explorar a ideia de que muitos fatores psicológicos (mágoa, raiva, ansiedade, nostalgia, entre outros) são os causadores de inúmeras patologias, tais como depressão, hipertensão, infertilidade, impotência, alergia, obesidade, etc.
A eficácia dos florais se encontra na transformação do paradigma comportamental por fazer desabrochar todas as qualidades positivas e efetuar a busca do autoconhecimento – uma dádiva para a medicina holística. Talvez, se o Dr. Bach ainda estivesse vivo, ele mesmo teria ampliado o leque original, pois muitos outros grupos de florais surgiram posteriormente para preencher as várias lacunas terapêuticas.
Uma das coisas que muito me preocupa hoje é a maneira como tudo isto é conduzido. Você chega no balcão da farmácia e tem ali um guia com os principais sintomas, elencados como se fosse uma simples lista de supermercado. São as suas emoções que estão em jogo. Consultar um terapeuta floral sério será o primeiro passo certo em direção as essências de Bach. O terapeuta conversará com você, analisando criteriosamente quais os grupos emocionais afetados, em quais aspectos eles estão interligados, qual a duração do “tratamento” e o que deverá ser trabalhado após este período inicial. Caso contrário, você estará colocando alguns trocados fora, sem contar o tempo e a expectativa criada em torno da sua melhora.
Abra-se para a vida, as terapias holísticas estão aí para isso. Melhore em vários aspectos. A escolha é sua, sempre foi e sempre será.