Hoje o assunto é leve, quase etéreo, porém de uma importância muito grande para a nossa vida, nossa harmonia e bem-estar. O simples ato de fecharmos os olhos para o mundo externo não quer dizer que estamos recusando informações que nos chegam a todo instante, quer no âmbito pessoal ou familiar. Precisamos parar um pouco para nós mesmos, ou algo nos parará, e isso poderá ocorrer quando menos esperarmos. A impressão que teremos é que nem um sinal nos chegou alertando para isso. Ninguém nos avisou antecipadamente.
Antiga técnica budista de meditação, Vipassana (visão) começa com um processo de respiração controlada chamada anapana-sati (percepção da respiração). O controle da respiração através da anapana exerce um profundo poder para aquietar e concentrar a nossa mente.
Encontre um lugar calmo onde você não seja afetado por distrações. Sente-se com as costas retas, assumindo uma posição confortável com a cabeça, pescoço e coluna em linha reta. Feche os olhos para o mundo externo. Abra-os para dentro de você, para o seu universo interior.
Afastando-se do mundo exterior, a atividade mais proeminente de nosso mundo interior é a respiração. Preste atenção à respiração entrando e saindo pelas narinas. Mantenha sua atenção nesse movimento pelo maior período de tempo possível. Quando os pensamentos surgirem, simplesmente volte sua atenção à respiração.
Isto não é um exercício de respiração, mas sim de percepção, uma técnica para concentrar a mente. O objetivo não é controlar a respiração, mas simplesmente estar consciente dela, sentir como ela é naturalmente – densa ou suave, agitada ou calma, longa ou curta.
Embora pareça uma prática simples, entenda que “aquietar” a mente é uma das coisas mais desafiadoras no mundo. Desconforto, pressa, dor ou pensamentos inevitavelmente o distrairão. Assim que perceber que está distraído, simplesmente mova o foco novamente para a sensação da respiração entrando e saindo pelas narinas. Não reaja a uma possível perda de concentração nem se julgue incapaz, de modo algum. Caso não consiga manter a atenção por mais do que algumas respirações, simplesmente faça uma pausa e volte toda a sua atenção novamente para a sensação da respiração nas narinas. Anapana-sati requer prática repetida e contínua, além de muita paciência. Pode ser praticada com bons resultados por anos ou até mesmo a vida inteira, resultando em um continuado processo de purificação da mente. Deve ser praticada por dez a quinze minutos, todos os dias.
Foi muito bom ter estado com você.
"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein
sábado, 31 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Prisioneiros da ignorância
Qual a competência que eu tenho para dissertar sobre coisas que não conheço? Nenhuma. E se for para parecer ignorante e medíocre, fico na minha, tentando me equilibrar da melhor forma possível sobre este carandiru gigante. Pessoal, nem tudo é “acadêmico”, por favor. Me pergunto sobre o que verdadeiramente aprendemos, não nas cadeiras da faculdade, mas na jornada do espírito? Pensamos saber das coisas, e o que sabemos é NADA diante do “todo” que insiste em passar diante dos olhos, pois a cegueira da mente impede o entendimento do real significado de estarmos aqui. Pena.
Também é óbvio – e isso até uma criança sabe, infelizmente existem pessoas que não realizam seus trabalhos com a seriedade necessária, seja na área que for, e aqui não vou cometer o erro de proclamar “minha área” porque aqui nada nos pertence, ainda mais nesta área que envolve outras faixas de dimensões. Seria muita pretensão.
Lembrei-me, neste momento, da antiga história do turista que ao visitar a morada de um monge, nas montanhas tibetanas, se depara com algo muito rústico, simples e sem mobília. O desavisado turista pergunta ao monge onde estão seus pertences, seus bens, ao que o monge sabiamente lhe pergunta: “E os seus?” O turista, sem muito pensar, diz ser o que é, apenas um turista, um viajante que ali está somente de passada. O monge lhe respondeu assim: “Eu também só estou aqui de passagem. Assim como você, eu também sou apenas um viajante, com vestes de prisioneiro.”
Vale repetir que em qualquer área de atividade humana (o próprio nome, por si só, já explica tudo – humana, portanto, passível de erros) existe aquele sujeito que “mancha” negativamente o tanto (pouco ou muito) que ainda existe de bom e que alguns conseguiram, abaixo de mau tempo, com muito sacrifício e doação, realizar.
Apelação não leva a lugar algum, pelo contrário, consome uma quantidade razoável de energia que poderia ser usada para fins mais nobres. Todas as tentativas que observamos a nossa volta para que algo de bom desponte ainda são tímidas diante do nosso orgulho, arrogância, egoísmo, prepotência e falta de humildade. Lamentável que sejamos assim.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Lamentável que seja assim
Essa é dos "malvados" da world wide web. Ideal para esta edição, sem dúvidas e também sem comentários.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Falta coragem, sobra temor
Esta é a resposta que você não teve na minha última coluna (Momento presente), ao término do texto. Pois bem, aí está. É simplesmente isso que nos falta. Coragem para ousar ser diferente do que somos neste instante. Somos impacientes para algumas coisas, acomodados o suficiente para tantas outras e indiferentes demais para as questões do espírito. Nesta louca gangorra que é a nossa vida e sem que percebamos, ocorre uma quebra de identidade do ser frente à grande massa de coisas “erradas” que nos cercam. São situações mal conduzidas, ou ainda conduzidas por pessoas que não estão no ideal do seu equilíbrio. São elos rompidos entre o momento presente e um passado de algumas aprendizagens. São barreiras que julgamos serem intransponíveis e por assim julgar e acatar, nos curvamos. São pensamentos medíocres de pouca valia que nos invadem como se de nós fossem donos. Aquele que está diante de nós, desafiando cada precioso minuto, nada mais é que uma “sabatina ambulante”, testando nossas questões mais internas. Será que verdadeiramente subimos aqueles degraus ou foi apenas impressão? Algumas vezes subimos sim, lentamente. Outras até com razoável velocidade e determinação. Mas eis que de repente surge o “teste”. E agora, você está pronto para a prova? Está pronto para mostrar o quanto progrediu e quais os verdadeiros degraus que conquistou? Afinal de contas, faremos o que, daqui em diante, para melhor aproveitar esta nossa atual encarnação? Pense um pouco nisso.
Dois anos escrevendo...
Lembro do desafio que foi escrever a primeira coluna para o jornal. Será que vai dar certo? Será que as pessoas daqui irão ler até o final? E depois disso, será que irão gostar? Estas e outras dúvidas continuam até os dias de hoje. Estou fazendo a minha parte, sabendo que o desafio é enorme e a descrença e o preconceito que recai sobre algumas formas de terapia, maiores ainda. Provavelmente quando tudo isto mudar, já não estarei mais neste plano para ver. Mas vai ser muito gratificante saber, de alguma forma, que as mudanças tão desejadas pelo plano espiritual, enfim aconteceram.
Bom final de semana. Abraços.
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