"A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos ofuscados." .................................Albert Einstein

sexta-feira, 20 de março de 2009

Universo paralelo


Para encontrar o equilíbrio, precisamos nos conscientizar de que tanto o céu como o inferno são estados criados por nós mesmos.
O mal, que todos falam, e que por isso mesmo tem toda essa “força”, não existe em si mesmo. Ele nada mais é do que a ausência do bem. Para existir, ele precisa ser “alimentado” diariamente pela inexistência das boas ações.
Inúmeras vezes, por puro esquecimento ou falta de prática, deixamos de fazer o bem que queríamos e acabamos criando um estado que propicia o surgimento de todo o mal que não esperávamos fazer.
E por que isso acontece? Bem, um dos motivos é que ainda não aprendemos a caminhar com as próprias pernas. Somos vítimas das circunstâncias que criamos, sob triste influência disso ou daquilo, que agora não cabe dissertar. Não seremos seres livres enquanto não pensarmos por nós mesmos. Cabe ainda lembrar que somos detentores do livre-arbítrio. O futuro é criado pelo que aceitamos ou rejeitamos hoje.
Adoro quando encontro alguém que vem me falar de “comprovação científica”. Daí eu pergunto: - Todas essas idéias suas tem comprovação científica? Resumindo tudo o que você é, dos pensamentos ao átomo (que é energia pura)... isso também tem comprovação científica? Tudo o que está ao seu redor, fora de você, ou até mesmo algo que esteja dentro (caso você tenha essa noção), que sustenta todo esse complexo energético em movimento contínuo e perfeito, isso também já foi comprovado cientificamente? A energia, o Ser, o Criador de tudo isso... existe uma comprovação científica para ele, ela ou isso?
O próprio som dissonante e inseguro da sua voz, mix de vibração sonora e de emoções que tiveram a “ousadia” de fugir do peito, ainda não encontrou na ciência respostas esclarecedoras. Como disse na coluna anterior, esse é o mundo das coisas que muitos de nós ainda não entendem ou aceitam como sendo algo normal. Esse é um universo paralelo.
Há muita verdade e sabedoria nos antigos ditados baseados em reais valores, pois a verdade transpõe tempo e espaço: “Os semelhantes se atraem”. Os seres que pensam e sentem de forma semelhante agrupam-se naturalmente, pois vibram na mesma freqüência. Isso está comprovado, e cientificamente. Muitos acham isso tudo muito empírico e, presos à ciência, acabam por não expandirem seu universo. Desperdício puro e burro.
Carl Gustav Jung, para quem não conhece, um psiquiatra e psicólogo suíço, um dos fundadores da psicanálise, colocou brilhantemente na sua teoria sobre o Inconsciente Coletivo: as mentes estão constantemente transmitindo e recebendo pensamentos, formando uma grande massa magnética. Nessa grande massa, há correntes mentais tão fortes, claras e definidas quanto as correntes do mar e as do ar. Isso cria os estados mentais. Há fluxos de pensamento que atraímos para nós, e com os quais vibramos simpaticamente.
Certa vez, um escultor encontrou uma pedra e a trabalhou durante meses. Depois de pronta a sua obra, ouviu alguém dizer: - Que bela estátua você fez. Ao que ele respondeu: - Eu não fiz coisa alguma. Ela sempre esteve na pedra, apenas a descobri aparando suas arestas.
E a vida continua seu curso. O assunto também continuaria, mas o espaço acabou [pena]. Outro dia a gente se encontra.
Um grande abraço. Namastê.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Príncipe, Bruxo ou Gladiador

Afinal, quem sou eu, quem é você, quem fomos nós antes de estarmos aqui?
Por algum motivo – que até imaginamos ser forte o suficiente, apagamos da nossa mente consciente as memórias de vidas passadas, porque é para ser assim, enquanto seres em contínua evolução. Então somos, em rápido resumo, agora e desde sempre, vidas passadas a limpo.
Porém, de acordo com a nossa caminhada, com as experiências vividas e, portanto, adquiridas, acredito que sentimentos, ou muitas vezes rápidas lembranças, visões sem muita clareza de detalhes, formam uma grande teia emergindo do fundo da nossa mente inconsciente, principalmente durante o sono, ou num momento de profundo relaxamento, como uma sessão de reiki ou hipnose, por exemplo.
Confesso que é um pouco perturbador olhar a imagem no espelho e não entender todas as vidas que foram manifestadas antes dessa, ou o porque daquela súbita vontade de chorar, ou de estar com determinada pessoa, e ela por sua vez, sem saber, te proporciona um bem enorme. Você a está reconhecendo... ela ainda não. Isso explica muitas paixões loucas, amores perdidos no tempo e que não acabam jamais. Vidas que se entregaram, almas que se amaram, energias que se uniram e que em determinado momento, por forças que a própria razão desconhece, se reaproximam.
E é normal chorar, sim... é normal querer sim, pois só se assusta quem tem medo de viver e de amar. É normal você passar por momentos de tristeza e melancolia, assim como também é normal o sentimento de posse e ciúme, pois ao ter certos insights, você recobra coisas que lhe foram tiradas, momentos que não foram vividos, felicidade que lhe foi poupada, sorrisos que lhe foram extraídos do rosto, conforto que lhe foi arrancado do peito. Prazeres que agora não sente mais. Seu coração deixou de bater com a mesma intensidade.
– “Que piada cósmica sem graça é essa que nos coloca em sofrimento contínuo, nos fazendo lembrar de tudo que deveríamos esquecer. Que chance de mudar eu tenho se nem sei quando são as minhas escolhas, se são os meus desejos se apresentando ou os desejos de uma das minhas vidas pregressas?”
– “Posso imaginar como deve ser interessante não lembrar, ter a verdadeira chance de ser uma tábua rasa...”, estes dois parágrafos não são meus, mas sim do editor de uma das revistas que leio.
Este é um tema que pretendo desenvolver, quando sentir que é chegado o momento, pois hoje me limito a uma breve introdução no mundo das coisas que muitos de nós ainda não entendem ou aceitam como sendo algo normal.
Assim, gostaria hoje de ser apenas Eu... com meus defeitos, mas também com minhas virtudes... não aceitando mais ter que conviver com defeitos de minhas vidas anteriores e, também, abrindo mão de virtudes conquistadas no passado da alma. Será que seria melhor assim? Saberia, então, do que gosto ou não, daquilo que me faz sentir melhor ou pior ante os desafios.
Bom seria se como em um filme, pudéssemos separar apenas as cenas alegres ou românticas e guardá-las para recordar depois. Infelizmente não é assim. Ou você recorda de tudo, ou não.
Bom seria lembrar que já fui um Príncipe, com a responsabilidade de também ter sido um Bruxo, e repousar a consciência num profundo descanso sob zeloso olhar da sua amada, ó Gladiador recém chegado da luta diária dos pensamentos inquietos.